Programa Emerge Labs incentiva startups de base científica

Com origem em pesquisa desenvolvida no InCor, a Tovem Biotech está no mercado e já tem impacto para a sociedade

 08/05/2019 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 09/05/2019 às 11:50
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jorusp

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Startups – Ilustração: Divulgação/LinkedIn Corporation

O Momento USP Inovação desta semana conversa com Daniel Pimentel, diretor da Emerge, que é uma organização sem fins lucrativos, que nasceu para fomentar e fortalecer a inovação tecnológica orientada ao mercado no Brasil, focada especialmente na emergente comunidade de cientistas empreendedores. Também participa da discussão sobre o tema de inovação Douglas Veronez, criador da startup Tovem Biotech, companhia da área de saúde que desenvolve tecnologia para auxiliar no desenvolvimento de novos fármacos através da criação e validação de métodos de alto rendimento para avaliação pré-clínica e caracterização de modelos celulares in vitro.

A Emerge, em cooperação com a multinacional brasileira Eurofarma, oferece um programa desenvolvido especialmente para cientistas que querem levar sua pesquisa ou tecnologia ao mercado, o Emerge Labs. Assim, proporcionar inovação, empreendedorismo, mercado, propriedade intelectual, formação de time e outras expertises fundamentais para a construção de um negócio de base científica, explica Pimentel.

Douglas foi aluno da engenharia elétrica na Escola Politécnica (Poli) da USP e, doutorando em engenharia biomédica,  desenvolveu sua pesquisa no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade De Medicina (FM). Ele conta que sua empresa, agora consolidada, contou com o apoio da Emerge. A organização sem fins lucrativos colaborou com assistência jurídica, ensinou métricas de sobrevivência de acordo com os fundos arrecadados, maneira de captação de capital, formas de contato com o cliente, entre outros conhecimentos necessários para superar o vale da morte (como chamam a transição da Academia para o mercado). Hoje, a Tovem Biotech está incubada na Cietec, uma aceleradora ligada ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Fora isso, recebe um edital de pesquisa para desenvolvimento de inovação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Um grande destaque, para Daniel, é a capacidade do país nas ciências da vida. Porém, ele diz que empreender no ramo científico é difícil. “Apesar da comunidade empreendedora crescer no Brasil, pois o brasileiro é criativo, as startups estão muito restritas ao ramo digital. Tem de se adentrar o mercado que chamamos de deep tech, ou seja, empresas de biotecnologia, hardware, nanotecnologia. Essas iniciativas que queremos no Emerge Labs”.

As inscrições para o programa estão abertas até o dia 31 de maio, neste link.  Serão escolhidas 16 grupos de desenvolvimento, que podem ser formados por pessoas de todos os níveis de pesquisa (desde a iniciação científica na graduação ao pós-doutorado). Dia 13 de junho serão divulgados os selecionados. E, depois, acontecerão três encontros. O primeiro, nos dias 29 e 30 de junho. O segundo, nos dias 03 e 04 de agosto. E o evento final será no dia 06 de agosto.

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