Acompanhe a entrevista do repórter Fabio Rubira com os professores Gustavo Assed Ferreira, da Faculdade de Direito, e Paulo Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, ambos da USP.

A presidente afastada Dilma Rousseff virou ré no processo de impeachment. Por 59 votos a 21, sem abstenções, os senadores decidiram que o julgamento de crime por responsabilidade deve seguir em frente. A votação terminou na madrugada do dia 10 de agosto, depois de 15 horas de discussão. Na sequência, os autores da denúncia terão 48 horas para reunir as provas e apresentar a lista de testemunhas. Em seguida, será a vez da defesa contestar e apresentar testemunhas.
A partir daí, o processo segue para o presidente do Supremo Tribunal Federal, a quem cabe a responsabilidade de marcar a data do julgamento final, que está previsto para começar no próximo dia 29.
São necessários dois terços dos votos dos senadores para aprovar o impeachment. Caso a aprovação aconteça, Dilma Rousseff é notificada, perde o mandato e não poderá concorrer a cargo público por oito anos. Se o impeachment for rejeitado, o processo é arquivado e ela reassume o cargo.
Para o professor Gustavo Assed Ferreira, da Faculdade de Direito da USP de Ribeirão Preto, esse “é um processo político que já vem decidido há algum tempo”. Diante disso, ele acredita que a presidente afastada não escapará da cassação.
Também entrevistado pela Rádio USP, o professor Paulo Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, prefere analisar o comportamento da economia após a decisão do Senado de tornar Dilma Rousseff ré no processo de impeachment.