O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) completa, hoje, dez anos de existência. O medidor avalia as escolas públicas e privadas de todo o País e ainda revela baixos níveis de excelência dos colégios brasileiros. Segundo os últimos dados divulgados em 2015, sete a cada dez turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental ainda não atingiram a meta mínima de qualidade exigida pelo Ministério da Educação (MEC).
A análise leva em conta o desempenho do aluno em leitura e matemática, avaliados pela Prova Brasil, junto às taxas de aprovação escolar. O especialista em avaliação educacional da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Alavarse, afirma que a taxa de reprovação no Brasil é muito alta. Assim, para o índice subir, ele explica que é necessário diminuí-la e acompanhar passo a passo a forma pela qual o aluno está absorvendo os conteúdos ao longo do ano. Em sua análise, é incorreto os colégios avaliarem apenas a trajetória do aluno no final do ano letivo. Ele afirma que é necessário um acompanhamento continuado.
Em informação divulgada pelo MEC, 9 milhões de alunos da rede pública estudam em tempo integral com foco em matemática e português. Alavarse analisa que a ampliação da jornada não deveria focar nessas duas disciplinas, já que tal medida tem como pilar ampliar as atividades curriculares para áreas não trabalhadas com completude pelos métodos tradicionais, como é o caso das aulas artísticas. De acordo com ele, o ideal seria revisar a carga horária regular.
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