O Brasil é o último no ranking de status do professor, de acordo com pesquisa da Fundação Varkey, entidade inglesa focada na melhoria dos padrões de educação para crianças carentes, feita em 35 países. Os dados são do ano passado e indicam que menos de um, em cada dez brasileiros, acha que o professor é respeitado na sala de aula.
O professor José Marcelino de Rezende Pinto, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, analisou as causas desse desprestígio e conclui que um dos problemas que agravam a situação é que políticas públicas referentes à valorização do professor não estão sendo cumpridas.
A realidade contrasta com um passado em que o professor era bem remunerado, muito embora a educação fosse para poucos. “Houve um tempo em que ser professor era uma profissão bem remunerada e admirada. Atualmente, acontece o inverso, é quase um ato de fé. O salário é baixo e as condições de trabalho, na maioria da vezes, são precárias”, enfatiza o professor.
Rezende Pinto vai além. Mais do que a necessidade de se resgatar o salário, diz que é fundamental estabelecer uma nova relação entre aluno e professor, baseada no respeito mútuo.
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