Mercado de tecnologia abre espaço para a inclusão de mulheres

Selecionada pela revista “Forbes” como um dos talentos brasileiros em tecnologia com menos de 30 anos, Camila Achutti, pós-graduanda da Escola Politécnica, CEO da Mastertech e criadora do Mulheres na Computação, enxerga o futuro da inovação na diversidade

 08/03/2021 - Publicado há 4 anos
Em tempos de avanços tecnológicos inéditos, iniciativas que promovam a diversidade tornam-se essenciais para pensar em um futuro melhor – Ilustração: Gerd Altmann via Pixabay
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No Dia Internacional da Mulher, não são poucas as reflexões levantadas a respeito de equidade social. Dentro desse contexto, ganha destaque a inclusão diversificada no mercado de trabalho. Em tempos de avanços tecnológicos inéditos, iniciativas que promovam a diversidade tornam-se essenciais para pensar em um futuro melhor.

Camila Achutti, pós-graduanda da Escola Politécnica e ex-aluna do IME, é CEO da Mastertech, uma empresa voltada ao conhecimento digital. “A ideia é conseguir endereçar o futuro do trabalho e uma construção de sociedade mais desejável, que saiba usar a tecnologia para o seu próprio bem e não fique refém dessa tecnologia por desconhecimento. Aí existe um recorte muito forte, que a gente não acredita que vai dar para fazer isso sem endereçar diversidade”, afirma em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª edição.

Além da Mastertech, Camila é criadora do portal Mulheres na Computação, que surgiu em 2010. Sua motivação começou depois de se deparar com uma verdadeira lacuna que se colocava na área: a de ausência de mulheres, fato que Camila atribui à escassez de incentivo do conhecimento entre esse público. “Faltava um espaço de mulheres que pudessem escrever sobre tecnologia. O portal, ao longo desses últimos 11 anos, foi muito mais um espaço para podermos ter voz sem ser julgadas, poder escrever sobre tecnologia de um jeito diferente. Eu espero estar viva para que a gente possa anunciar que o portal não existe mais, porque o ‘gap’ já foi superado, e falar de tecnologia e computação é falar para o maior número de pessoas sem qualquer distinção.”

A empreendedora já foi selecionada pela revista Forbes como um dos talentos brasileiros em tecnologia com menos de 30 anos e destaca que o orgulho vai além do título: “É importante reconhecer não só os títulos, mas também a representatividade, porque é muito difícil a gente conseguir virar alguma coisa que a gente não sabe que é possível. Se não convivemos ou não vemos a possibilidade, é muito difícil traçar um percurso até lá”.

Nomes como o de Camila ganham ainda mais relevância no mercado de trabalho ao promover diversidade como medida social e estratégica. Assim, aliando a inovação da população não só através da tecnologia, como também da inclusão, um futuro melhor pode se tornar ainda mais concreto quando diferentes pessoas pensam em diferentes alternativas.


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