Atualmente, abre-se o tempo todo espaço para o protagonismo feminino, vide o discurso dos movimentos feministas, que falam de uma mulher universal, que coincide com as necessidades das mulheres brancas, de classe média, heterossexuais, ou seja, tidas como burguesas.
No entanto, existe um segmento do movimento feminista que desconstrói o discurso da universalidade das mulheres. Trata-se do feminino interseccional – termo cunhado por Kimberlé Crenshaw, em 1989 -, que o professor Alexino Ferreira considera o mais interessante e avançado ao abordar as demandas das mulheres. Enquanto as mulheres brancas reivindicam, legitimamente, a sua entrada no mercado de trabalho, as mulheres negras já ocupavam esses espaços desde a escravidão.