No dia 28 de julho, artigo publicado na revista científica Journal of the American Medical Association revelou um estudo que sugere que o Alzheimer pode ser detectado em um novo tipo de exame de sangue. Atualmente, o diagnóstico é feito por exclusão e relatos de familiares, ainda contando com um mapeamento do cérebro feito após a morte. Pesquisadores de quatro países (Suécia, Estados Unidos, Colômbia e Alemanha) estão envolvidos no estudo, encabeçados pela Universidade de Lund, na Suécia.
A identificação de indivíduos de alto risco para o Alzheimer seria de extrema importância, quando se pensa em tratamentos que possam controlar precocemente a evolução da doença. Este aspecto de prevenção traz expectativas positivas ao âmbito clínico, mas ainda não é uma realidade atual. “Há um grande entusiasmo para o futuro do tratamento da doença de Alzheimer. Tratar os casos, em uma condição pré-clínica é muito importante, de indivíduos que ainda não manifestaram os sintomas, mas que você consegue inferir se eles vão desenvolver a doença no futuro a partir dos biomarcadores”, explica Forlenza. A pesquisa abre a possibilidade de indivíduos de risco deixarem de manifestar a doença no futuro.
Importante lembrar que embora existam estudos sobre abordagens terapêuticas capazes de modificar o processo da doença, o Alzheimer ainda não tem cura. O psiquiatra comenta que os tratamentos atuais apenas atenuam os sintomas, mas em casos em que eles são bem empregados há a possibilidade de a doença ter uma evolução mais favorável, uma deterioração mais lenta. O doutor, inclusive, cita uma linha de pesquisa desenvolvida no Hospital das Clínicas (HC), mais especificamente com o lítio, uma droga usada para tratar sintomas do humor em pacientes com transtorno bipolar e depressão. Foi possível constatar que, quando empregada de maneira sistemática (tamanho de dose e monitoramento dos efeitos adversos), esta droga pode atenuar a progressão da doença.
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