Especialistas discutem a importância da leitura na sociedade

Livro e leitura no Brasil foi o tema do programa “Diálogos na USP”, da Rádio USP, nesta sexta-feira, dia 3

 03/08/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 07/08/2018 às 13:51
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O programa Diálogos na USP – Os Temas da Atualidade, transmitido ao vivo pela Rádio USP (93,7 MHz) no dia 3 de agosto de 2018, abordou a importância da Bienal Internacional do Livro – que se realiza em São Paulo de 3 a 12 de agosto – para a promoção da leitura no Brasil. Outro tema discutido no programa foi a Política Nacional de Leitura e Escrita, instituída pelo governo federal em julho passado.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Participaram do programa os professores Plinio Martins Filho, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e ex-presidente da Editora da USP (Edusp), e Nílson José Machado, da Faculdade de Educação (FE) da USP, coordenador do Grupo de Estudos Educação Básica Pública do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.

Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

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O professor Plinio Martins destacou que a Bienal funciona como um espaço de promoção do livro. Para ele, o evento é importante como momento de enaltecimento do livro impresso e consequente incentivo à leitura para todos os públicos. 
O professor Nílson Machado reiterou o posicionamento de Martins e completou: “Os meios digitais e os livros impressos não devem brigar por espaço. Os meios devem se alimentar”. Para ele, o meio digital contribui com o serviço informativo e permite acompanhar a velocidade da sociedade atual, mas constitui um registro efêmero dos acontecimentos. Já os livros trazem um maior potencial de reflexão, profundidade e permanência das histórias. Machado lembrou ainda um texto de Machado de Assis, O Jornal e o Livro, em que prevê o fim do livro em razão do advento do jornal, devido à sua velocidade de publicação. Na opinião do professor, o livro de Machado de Assis é uma antessala do verdadeiro confronto entre meio digital e impresso.

Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

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O professor Nílson Machado contou também que julga a precariedade do sistema educacional como um fator que atrapalha a execução da recém-aprovada Política Nacional de Leitura e Escrita. “Muitos livros morrem por inanição”, diz ele, que explica que a culpa não é do professor, que tem preparo, porém não tem condições nem autonomia para promover uma leitura mais complexa com seus alunos.

Plinio Martins disse que, em sua opinião, as bibliotecas e livrarias cumprem papel importante no incentivo à leitura, mas ressaltou que, em vista da perda de espaço para feiras, principalmente, as livrarias necessitam de incentivo do governo para que consigam se manter. Pelo lado das bibliotecas, alerta que os bibliotecários devem se aprimorar não apenas na indexação dos livros, mas também na leitura.

Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

Ouça a íntegra do programa no link acima.


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