No dia 11 de novembro de 2018, a Reforma Trabalhista completou um ano em vigor. Sancionada pelo presidente Michel Temer, essa foi uma de suas principais bandeiras econômicas. Com promessa de criação de milhões de empregos, cerca de 2 milhões só em 2018 e 2019, segundo o então ministro do Trabalho na época, Ronaldo Nogueira, não foi bem isso o que aconteceu.
Conversamos com o professor Hélio Zylberstajn, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP) e coordenador do Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Ele disse que “reforma trabalhista não cria emprego”, afirmando ainda que a criação de empregos acontece quando o país está em crescimento.
Em paralelo ao momento de um ano de validação da reforma, o número de trabalhadores informais foi superior ao das vagas formais. Mas, segundo Zylberstajn, essa é uma tendência que já vinha sendo apresentada desde antes da recessão econômica brasileira.