Em plena quarentena, a recomendação de ficar em casa pode trazer dúvidas a respeito de consultas que sejam essenciais, como idas aos consultórios odontológicos. Atualmente, no Brasil, as recomendações do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais são para que sejam mantidos atendimentos de urgência e emergência, com normas de biossegurança ainda mais evidenciadas.
“Atendimentos eletivos [ficam] para um segundo momento, pós-pandemia ou com a pandemia mais controlada”, explica Fernanda Campos de Almeida Carrer, professora da Faculdade de Odontologia (FO) da USP e coordenadora do Núcleo de Evidências da unidade. Se for realmente necessário ir ao dentista, a recomendação de Fernanda é para que se vá ao consultório.
Isso porque os riscos são grandes ao tentar extrair ou quebrar o dente em casa, ou ainda obturar o dente com massinhas caseiras, comprometendo sua saúde bucal. “Você vai perder o seu dente e pode ter problemas futuros ao tentar fazer isso”, ressalta. Fernanda Carrer diz que os consultórios privados e públicos seguem abertos justamente para isso. Mas, se o dentista já estiver familiarizado e o caso não for grave, há a possibilidade de fazer a consulta por teleodontologia, prática não regulamentada no Brasil. É essa modalidade que ajuda nas pré-consultas para dizer se é preciso ou não sair de casa.
Neste difícil momento, a professora faz uma série de recomendações, como a continuidade do hábito da escovação dos dentes e cuidado com alguns alimentos. Ela também evidencia o importante papel do SUS e da união de todos para passarmos por isso. “Apesar de subfinanciado e ter enfrentado nos últimos anos tantos desafios para se manter, o SUS tem protegido toda a sociedade brasileira contra esta pandemia. Nós vamos sobreviver e sairemos de tudo isso mais fortes como sociedade.”
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(Informações atualizadas em 30.06)