Ainda que atualmente prevaleça um discurso de condenação, existem formas eficazes de reinserir presos socialmente. É o caso da educação, cuja aplicação como medida de reintegração vem dando certo nos últimos anos.
O caso mais notável é o do Enem, que oferece certificado de conclusão do Ensino Médio e pode servir como maneira de ingresso no Ensino Superior a pessoas detidas. No entanto, outras iniciativas também colaboram na expansão das ideias em prol de medidas educativas para pessoas privadas de liberdade.
Roberto da Silva, professor da Faculdade de Educação e livre-docente em Pedagogia Social pela USP, é especialista no assunto e promove pesquisas a respeito disso. O interesse nessa questão é relacionado à sua própria história: ele esteve sob custódia, durante sua adolescência e parte da vida adulta, e, durante o período em que esteve na prisão, foi o estudo que lhe deu novas oportunidades de buscar desenvolvimento profissional.
Com o intuito de oferecer essas chances a outros detentos, ele então desenvolveu o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação em Regimes de Privação da Liberdade (GEPÊPrivação), junto a pesquisadores da USP e outras instituições de ensino. Para saber mais sobre o projeto e sobre as implicações da educação como forma de reinserção social, ouça a matéria da Rádio USP acima.