Ano novo, problemas velhos. Pontes que caem, barragens que se rompem e o sentimento de que as estruturas de controle e de manutenção deixam de existir. A ineficiência não atinge apenas o setor público, mas também o privado. “A falta de compromisso, a falta de seriedade no manejo daquilo que deveria ser bem cuidado, a falta de confiança na cidadania, fazem com que nós nos descompromissemos com o coletivo”, diz o colunista Paulo Saldiva, que adota um tom pessimista em sua primeira coluna do ano.
A sensação é a de que nada vai funcionar. “É como se tivéssemos condenado o Brasil a viver na impunidade, na irresponsabilidade.” Neste cenário, a saúde mental e o bom humor ficam ameaçados. No mais, é torcer para que as coisas mudem e que, principalmente – nos casos de quedas de pontes e de rompimento de barragens -, haja sanções em vez de cestas básicas e discursos comoventes nos meios de comunicação.