Na coluna “A Qualidade da Democracia” desta semana, o cientista político e professor José Álvaro Moisés trata dos novos desdobramentos da Operação Lava Jato em função das delações premiadas e também do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro. Lula se defendeu das acusações que pesam sobre ele, principalmente em relação ao triplex do Guarujá, mas foi menos convincente ao falar sobre seus encontros com Renato Duque, que teria sido indicado pelo PT para a direção da Petrobras, e com o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS.
Outro ponto destacado por Álvaro Moisés, que ele considera mais grave, diz respeito às delações do casal de publicitários Mônica e João Santana, envolvendo o ex-presidente Lula e a também ex-presidente Dilma Rousseff, em ações que poderiam ser consideradas como de obstrução da Justiça ou relativas à facilitação no que diz respeito à utilização de recursos legais. São acusações graves, das quais, porém, são necessárias provas, tarefa que cabe aos procuradores fornecer.