O governo de Cingapura tem um programa de seleção de crianças prodígio que, com a anuência dos pais, recebem educação aprimorada para garantir os objetivos do governo. Em outros países, processos de seleção e motivação de crianças talentosas recebem também o apoio de governos, empresas e universidades. Uma espécie de darwinismo do conhecimento. A revista The Economist alerta para o potencial inestimável de talentos e prodígios sacrificados rotineiramente no mundo, já que as crianças pobres, negras e faveladas, assim como outras camadas dos 99% excluídos, tornam-se ainda mais excluídas.
A saída pode ser a revalorização da dimensão afetiva do conhecimento, sem a qual o mais desenfreado darwinismo produz não a melhoria da espécie, mas a violência e a discriminação, com riscos evidentes para a democracia, a cultura e a própria economia.