
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, chamada de COP26, entra em fase final em meio a anúncios e propostas de redução de gases poluentes e outras medidas de impacto ambiental. O acordo definitivo deve ser anunciado nos próximos dias.
O professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), ambos da USP, explica e analisa o primeiro rascunho do acordo.
Inicialmente, o documento previa o banimento dos combustíveis fósseis, mas essa decisão foi inviabilizada pela pressão de alguns países. “Outra questão importante, o financiamento de US$ 100 bilhões por ano pretendido pelos países pobres, ainda não saiu”, comenta Côrtes sobre a expectativa de ajuda financeira para combater as mudanças climáticas.
Em relação aos municípios, a cidade de São Paulo aderiu ao compromisso de incentivar a venda de carros elétricos e anunciou que pretende substituir a frota de ônibus por veículos elétricos. “Essa já era uma proposta antiga”, pondera o professor. Côrtes chama de “vexame” o discurso em que o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, declarou que “onde há floresta, há muita pobreza”. “Ele esquece de mencionar que os modelos para a utilização da floresta têm sido extremamente predatórios”, afirma o professor, ao citar que a preservação dos biomas pode trazer benefícios econômicos, por exemplo, para a indústria farmacêutica.
Jornal da USP no Ar
Jornal da USP no Ar no ar veiculado pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 14h, 15h, 16h40 e às 18h. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.