Na edição desta quinta-feira (29), o professor Paulo Nussenzveig aborda dois artigos publicados pela Folha de S. Paulo, no último sábado (24), que contrapõem a ciência à pseudociência. Para o professor, na sociedade contemporânea, altamente tecnológica, esperamos que as pessoas tenham grande apreciação pelas conquistas que devemos à abordagem científica. No entanto, a disseminação de notícias falsas, alimentadas pela equivocada noção de que “todos os lados” de uma discussão devem ser apresentados com igual importância, cresce exponencialmente com o uso das redes sociais (que só se tornaram possíveis graças à ciência).
Nussenzveig acredita que os cientistas não expõem de modo claro os mecanismos de funcionamento da ciência. O processo da ciência, para o professor, passa pelo questionamento, a dúvida e a busca de respostas que sejam, no limite do possível, independentes das nossas crenças, que possam ser testadas através de experimentação sistemática, sendo “essa uma das maneiras de marcar as diferenças entre ciência e pseudociência. Seres humanos gostam de alimentar crenças usando, para isso, suas experiências cotidianas mais diretas e a interação com seus círculos de amizades”, observa.
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