A CNN anunciou a criação de uma sede no Brasil, seguindo o caminho de outros projetos jornalísticos internacionais, como Huffington Post, El País, BuzzFeed e The Intercept. Para o jornalista e professor Carlos Eduardo Lins da Silva, a notícia é bem vinda para o mercado jornalístico: “Qualquer novo veículo que apareça, seja qual for a linha editorial, seja qual for o objetivo, seja qual for a possibilidade de sucesso do ponto de vista de negócio, é sempre bem-vindo, pois cria novos empregos e porque amplia a discussão”.
De acordo com o professor, há um grande receio de que, diferentemente dos outros projetos mencionados, a CNN não mantenha sua linha editorial aqui, cedendo apenas sua marca. A empresa passou por um processo semelhante na Turquia, onde opera como porta-voz do governo turco. Outro medo é o de que o veículo se torne insustentável, já que pretende contratar mais de 400 jornalistas para um setor que está em declínio.
Lins da Silva também não acredita que essas iniciativas necessariamente alterem a concentração que há no mercado jornalístico brasileiro, no qual cinco famílias controlam os 25 dos 50 veículos com maior audiência no Brasil.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.