Estudo realizado no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) destaca os benefícios que as certificações socioambientais podem trazer aos produtores de café em termos financeiros, produtivos e na relação com os trabalhadores.
Carlos Via, professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, detalha que o estudo se concentrou nos cafeicultores do cerrado mineiro. A intenção agora é expandir a pesquisa a outras regiões, explica o especialista.
Muitas normas de cuidado ambiental na produção agrícola estão consolidadas no País, avalia Via. No entanto, o professor conta que o Estado falha na fiscalização. Nesse sentido, as certificações são uma iniciativa de caráter autorregulatório, que auxiliam na preservação do solo, da água e evitam a contaminação dos alimentos. Além disso, o pesquisador destaca que o investimento na adequação de certificados socioambientais permite ao produtor uma melhor gestão dos insumos, levando a um ganho de produtividade e a uma melhor relação com os funcionários.
Esses benefícios diminuem a resistência que muitos agricultores ainda têm em relação às despesas com a certificação. O professor Via enfatiza a importância de informar os produtores do retorno que eles podem obter tanto para si mesmos quanto para o meio ambiente.
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