A Universidade de São Paulo sediou, em outubro passado, o IV Fórum do Biogás, o qual, entre outros assuntos, discutiu como o biogás e o biometano podem ajudar o Brasil a atingir as metas de redução de emissões de gás carbônico e a relação entre esses combustíveis e a sustentabilidade econômica e ambiental. O professor José Goldemberg retoma o tema em sua coluna desta semana. Ao observar que o país tem potencial para explorar tais recursos, ele lembra que o biogás pode ser produzido a partir do lixo urbano ou da vinhaça.
“Para que o potencial do biogás seja transformado em realidade, é preciso um planejamento a longo prazo”, explica o colunista, “porque, num aterro sanitário, para que se possa utilizar o biogás, é preciso construir o aterro com encanamentos antes”, o que não ocorreu no passado. O mesmo vale para o biogás produzido a partir da vinhaça, subproduto do etanol. O programa do etanol já existe há mais de 30 anos e, até o momento, não há instalações comerciais que transformem a vinhaça em biogás. Só quando se começar a instalar essas unidades produtivas é que os problemas decorrentes vão aparecer, argumenta Goldemberg, cujo comentário você pode ouvir acima, na íntegra.