
O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) constatou que a recessão econômica brasileira terminou em dezembro de 2016. O País enfrentava um cenário desolador desde o início de 2014.
O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Fernando Botelho, explica que um dos fatores que auxiliaram nessa retomada foi o fato de o governo ter aplicado uma agenda de reformas. O docente analisa que é necessário acabar com privilégios políticos e do setor público, para que a agenda ortodoxa e pró-mercado do governo seja mais equilibrada e não atinja apenas os mais pobres.
Apesar do dado positivo revelado pelo estudo, Botelho acredita que a falta de uma agenda bem definida para as eleições de 2018 mantém o empresariado inseguro com as possibilidades de lucro, uma vez que não se sabe se o próximo presidente manterá o plano de reformas da equipe econômica de Temer. De acordo com o especialista, essa realidade desfavorece os investimentos, já que não se sabe o grau de retorno a longo prazo.
O professor defende, também, que a alternativa mais importante para combater o déficit público é a reforma da Previdência. A seu ver, o serviço não existirá nos próximos 20 anos, caso medidas severas não sejam tomadas.
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