Antibiótico pode causar Síndrome do Homem Vermelho

A infusão rápida de vancomicina pode causar aumento de pressão arterial e até mesmo falta de ar

 29/05/2019 - Publicado há 6 anos
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O boletim Pílula Farmacêutica desta semana fala sobre a hipersensibilidade à vancomicina, mais conhecida como a Síndrome do Homem Vermelho.

A vancomicina é um antibiótico indicado para o tratamento de infecções graves causadas pela bactéria Staphylococcus aureus, resistente aos antibióticos betalactâmicos. Também é apropriado para tratar outras bactérias em pessoas alérgicas ou que não respondem a outros tratamentos.

Durante ou logo após a infusão rápida da vancomicina, os pacientes podem desenvolver reações anafilactoides, respostas semelhantes às anafiláticas, mas com etiologia diferente, incluindo hipotensão, chiado, dispneia, urticária ou prurido e também choque ou parada cardíaca.

A infusão rápida desse antibiótico faz com seja liberado a estâmina, o que pode causar a Síndrome do Homem Vermelho. É caracterizada por arrepios, febre, desmaios, aceleração dos batimentos cardíacos, quedas de pressão arterial, coceira na pele, náuseas ou vômitos, erupção e vermelhidão na parte superior do corpo.

Apesar de mais presente em pacientes que recebem a vancomicina por via endovenosa, há casos relatados após a administração oral e intraperitoneal. Nos pacientes que apresentaram a síndrome após o uso oral,  a reação pode seguir até alguns dias depois de tomar o antibiótico.

O tratamento deve ser orientado pelo médico e pode ser feito com a interrupção do uso da vancomicina e com a ajuda de antialérgicos. Geralmente também é necessário o uso de remédios para aumentar a pressão arterial e regularizar os batimentos cardíacos. Ainda, se houver dificuldades para respirar, pode ser necessário o uso de máscara de oxigênio e, dependendo da gravidade, pode ser preciso a ajuda de  aparelhos para respirar.

É importante frisar que sempre que seja necessário iniciar um tratamento com antibióticos, é de extrema importância seguir as recomendações do médico e, se houver dúvidas, procurar o profissional da saúde mais próximo.

Ouça acima, na íntegra, o boletim Pílula Farmacêutica.


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