O angioedema hereditário é uma doença que atinge homens e mulheres, na mesma proporção, e se caracteriza por episódios de crises de edema, acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, que pode envolver múltiplos órgãos e levar à morte.
Desconhecida por diversos profissionais da área da saúde, a doença ainda não tem cura. Adriana Moreno, pesquisadora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, explica que o angioedema se manifesta acometendo as extremidades, a face, as vias aéreas superiores e o trato geniturinário e gastrointestinal. Possui três formas de tratamento, divididas a curto e a longo prazo, e ainda o tratamento em crises agudas.
Segundo a pesquisadora, no mundo há uma estimativa de que uma entre 50 mil pessoas tenham a doença. No Brasil, a Associação Brasileira de Pacientes com Angioedema Hereditário registrou, até maio de 2016, 1.235 pacientes, sendo 363 homens e 872 mulheres.
Especialistas da USP e de várias universidades atualizaram as diretrizes para o diagnóstico e tratamento do angioedema. Na entrevista, Adriana fala sobre o novo guia, que agora inclui os sinais de alerta para suspeita da doença, os exames laboratoriais indicados para o diagnóstico, além dos medicamentos que devem ser utilizados. “Estão surgindo vários medicamentos no mundo, mas nós temos que enfatizar quais estão disponíveis no Brasil”, ressalta a pesquisadora.