O novo modelo de mineração, Mineração 4.0, é o futuro do setor no qual o Brasil é referência. A partir da transformação tecnológica, o processo operacional do segmento será mais seguro e produtivo.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, o professor Homero Delboni — da Escola Politécnica (Poli), coordenador do Laboratório de Simulação e Controle de Processos de Tratamento de Minérios (LSC) — explica quais tecnologias disruptivas são usadas no processo e qual o impacto delas para a mineração.
A Indústria 4.0 permite, com a digitalização da produção, que a mineração faça o melhor aproveitamento, com mais segurança, do recurso natural não renovável. Dentro do processo, por exemplo, hoje já existe a programação dinâmica da lavra e dos caminhões, bem como o uso de drones para fazer a contabilização de balanço na parte de estocagem. Existem também os caminhões autônomos, os quais rodam 24 horas por dia carregando até 240 toneladas, e que agora não expõem mais pessoas ao enorme risco de acidente.
No beneficiamento, a fragmentação controlada do minério “consome 3% de toda a energia elétrica gerada no planeta”. “E essa energia é muito mal usada, o rendimento, a eficiência do processo é de 10%, 20% e, na melhor das hipóteses, 50%. A gente usa muito e usa mal.” Esse é um dos grandes desafios da Indústria 4.0.
E a Escola Politécnica já está inserida nessa realidade. “A Poli é uma referência no Brasil e no mundo.” No Departamento de Minas e de Petróleo existem vários laboratórios que usam de tecnologias disruptivas para revolucionar a mineração.
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