1968, nas entrelinhas do silêncio

José de Souza Martins é Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP

 11/10/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 28/11/2018 as 18:23

Pórtico da Faculdade de Filosofia (2003),  foto de J. S. Martins 

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José de Souza Martins – Foto: Samuel Iavelberg / Fapesp via Agência Fapesp

Os eventos estudantis de 1968 na Universidade de São Paulo têm sido apresentados, às novas gerações, como aquilo que propriamente não foram, se levarmos em conta a circunstância e o conjunto de fatos que convergiram na definição do seu sentido. Seja como um grande embate entre os estudantes e os professores de um lado, e a ditadura militar de outro, seja como uma épica resistência aos ataques repressivos da ditadura contra a Universidade. Foram isso mas não só isso nem principalmente isso.

À medida que o tempo passa, acontecimentos complexos como os de 1968 na Universidade, constituídos de uma diversidade de motivações e de causas, na sumarização e institucionalização da memória, acabam sendo simplificados e reduzidos àquilo que só muito seletivamente veio a ser o que hoje se diz que foram.

Aquele foi, no País, um ano de ocorrências desencontradas que se afunilaram para configurar, no fim, um confronto entre a ditadura militar e a Universidade. Não era o único confronto em andamento. O fato decisivo foi o da recusa da Câmara dos Deputados em cassar o mandato do deputado Márcio Moreira Alves, pedido pelos militares, por um discurso contra o regime. Em decorrência, foi decretado o Ato Institucional nº 5, que fechou o Congresso Nacional, suspendeu o habeas corpus e desatou de vez a onda repressiva.

No início de 1969, vários professores foram cassados: na Faculdade de Filosofia, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Paula Beiguelman, José Arthur Gianotti, Mário Schenberg, Emília Viotti, Ada Natal Rodrigues. Outras unidades e instituições científicas pagaram seu tributo ao autoritarismo.

As cassações não tinham o menor sentido nem mesmo com base na discordância de ideias, própria das ditaduras. Com o tempo, indícios surgiram de que foram viabilizadas por motivações outras que não as próprias das razões de Estado. A publicação de livros e até de artigos científicos dos cassados não teria continuado como continuou. Mesmo obras de Marx podiam ser encontradas nas livrarias.

Na USP, o movimento de 1968 foi antes de tudo expressão da crise de gerações que já vinha desde antes do golpe de Estado. Uma docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, assistente do professor Florestan Fernandes, Marialice Mencarini Foracchi, estudava essa crise desde 1962 e sua expressão no radicalismo juvenil que já se manifestava. E descobria que sua essência era a busca da ascensão social das novas gerações. E nela as motivações da classe média, que se expandira nos anos 1950 e agora encontrava pela frente a muralha do vestibular e a barreira de um número de vagas aquém do número de candidatos.

A classe média chegara a um limite, que ganhou um cenário dramático na Universidade de São Paulo; ela se tornara, desde o final dos anos 1950, um lugar de desencontros sociais, mais claros nas diferenças entre alunos do diurno e alunos do noturno, expressões de uma problemática diversidade de classes sociais enrijecidas, que se tornara a São Paulo de então.

Em Tristes Trópicos, Claude Lévi-Strauss, que dos membros da Missão Francesa, contratada para participar da fundação da USP, foi o primeiro professor de Sociologia da Faculdade de Filosofia, já havia notado a influência e a função da Universidade no reordenamento da estrutura de classes sociais da sociedade paulista.

Uma aluna de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Consuelo de Castro, que se tornaria dramaturga famosa, com base na sua experiência de estudante e participante do movimento de 1968, refere-se à diferenciação social na escola na peça que escreveu sobre as ocorrências da Rua Maria Antonia, no mesmo ano, À Prova de Fogo, que seria barrada pela censura do regime ditatorial.

A narrativa tem como nervo as revelações políticas de um caso de amor convencional de um casalzinho de estudantes de elite, atravessado e violado na sedução da moça pelo líder do movimento. Sobreposto, portanto, por um caso de amor de circunstância, a liberação do erotismo contra as convenções repressivas da família tradicional. As regras súbitas do transitório da rebelião e da sociabilidade de acampamento do movimento estudantil a expor a opressão das convenções sociais de classe. A modernidade implodindo, no próprio recinto da escola, as determinações sociais da sociedade patriarcal. A tragédia da finitude insinuando-se pelas relações sociais do desencontro no encontro, a impossibilidade da transformação social nos limites e dúvidas das opções pessoais. O caráter pequeno-burguês da revolta juvenil e do meramente provisório da sociedade pós-moderna que se evidenciava nos estertores sociais daquelas horas.

Classe média cujo protagonismo se confirmaria na sequência da rebelião estudantil, aqui e nos países que tiveram o seu “Maio de 1968”, não só a França. A sociedade não foi revolucionada, ainda que mudada na forma e nas expressões rituais das relações sociais. A trajetória dos líderes, nos diferentes países, acabou sendo a dos integrados no sistema de reprodução ampliada da riqueza e do poder, que continuou sendo um sistema de desigualdades, agora disfarçadas pelo faz-de-conta próprio da sociedade de consumo. Tornaram-se artífices e gestores da nova ordem, mesmo quando, como aqui, dizendo-se contra ela. Uma característica da pós-modernidade que ajudaram a construir. No Brasil, na França, na Itália, nos Estados Unidos, na Polônia, na antiga Tchecoslováquia, o mundo mudou não mudando.

Um belíssimo livro de Marialice Mencarini Foracchi, sobre a crise das novas gerações, sua tese de livre-docência, publicado alguns dias antes de sua morte, em 1972, A Juventude na Sociedade Moderna, foi com justiça reeditado pela Edusp, nestes dias. É uma referência na compreensão sociológica do tema, resultado da observação direta dos acontecimentos da época, punção num processo histórico longo e lento que vem até nós, o da história inacabada do desencontro das gerações.1

Entrada do Presídio Tiradentes (2007) – Foto de J. S. Martins

Nos dias atuais, há o risco de se celebrar uma coisa querendo celebrar outra. A começar de que se procura imputar a toda a Universidade o que foi sobretudo momento da Faculdade de Filosofia. A mitificação é compreensível num país carente de memória histórica, carente de heróis reconhecíveis e de episódios edificantes. Faz algum tempo, conversando com um dos seguranças do prédio da Rua Maria Antonia, cenáculo dos acontecimentos de 1968, confidenciava-me ele que os seguranças do período noturno ouviam gritos e gemidos no interior do edifício. É que, explicou-me, muita gente foi morta pela repressão ali dentro. As almas penadas dos estudantes mortos na tortura vagavam por ali, sem rumo. Tentei explicar-lhe que isso, de fato, não acontecera. Houve, sim, tortura e morte de estudantes da USP, mas isso acontecera em outros lugares, em delegacias e recintos da repressão. Meu esclarecimento foi inútil. A história já se tornara mito nos parâmetros de uma versão rústica e preliminar da pós-verdade.

Um senso comum pós-ditatorial nasceu sobre o vazio da história e sobre as nossas vagas e desinformadas impressões para superar o abismo que nos separa da história que nos foi roubada e nos separa de nós mesmos.

Um imaginário que mais oculta e deforma do que revela. Aliás, o 1968 da Rua Maria Antonia começou em 1967, como aconteceu em outros lugares. Designado pela congregação da Faculdade de Filosofia para dialogar com os estudantes, nesse ano, início dos acontecimentos, fez o professor Florestan Fernandes, publicamente, a crítica dos equívocos do movimento estudantil. Foi publicada numa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo: “Vocês deram um tiro no pé”, afirmou ele. Isso porque os estudantes, alienados, numa equivocada e mecanicista concepção do conflito social e da luta de classes, atacavam os professores, justamente os únicos a compreendê-los e a apoiá-los.

O movimento estudantil era liderado por José Dirceu, aluno da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica. O movimento era por uma suposta reforma universitária na USP. Nada se falava sobre reforma universitária na PUC ou no Mackenzie, uma universidade protestante. Só na universidade pública.

Hoje, eu não deixo de associar a repressão que caiu sobre a Universidade de São Paulo ao papel que vários de seus professores, de esquerda e de direita, tiveram na Campanha em Defesa da Escola Pública, cujo maior nome foi o de Florestan Fernandes. As escolas privadas assediavam e influenciavam as instituições decisivas na definição do sistema de ensino de todo o País. Era evidente o empenho em minar as bases da escola pública.

O alvo mais visível do movimento estudantil de 1967-1968 era a cátedra, cuja extinção o movimento exigia, uma instituição poderosa e antiga, base do poder na Universidade. Os grandes nomes da Universidade seriam atingidos e eram abertamente hostilizados. Um deles, o próprio Florestan Fernandes. Naquele momento, fragilizar a instituição da cátedra era fragilizar os nomes referenciais e decisivos na defesa do que fora o mote de Júlio de Mesquita Filho na fundação da USP: uma universidade pública, laica e gratuita.

Maria Antonia: vultos (2003) – Foto de J. S. Martins

Foi no bojo do movimento, no Rio e em São Paulo, que a ditadura começou a aparecer como alvo explícito dos estudantes. Ao minar as bases das manifestações de reivindicação e de protesto em vários setores da sociedade, alcançados por medidas de reordenação e de repressão econômica, política, cultural, a ditadura incluiu o movimento estudantil como adversário do regime. Quando fui preso em 1966, a confusa diversidade dos que estávamos detidos no recinto do Dops indicava que a polícia política lançava a rede para pescar nomes e elaborar um arquivo de suspeitos e adversários do novo regime. Atualizava seu banco de dados para rastrear a oposição.

Na infundada suposição de que a resistência estudantil era um episódio da luta de classes e da revolução, grupos ideológicos de esquerda começaram a articular uma convergência do movimento estudantil com o movimento operário. Lembro de uma aluna de Ciências Sociais a entrar esbaforida no famoso saguão da Maria Antonia para cochichar a alguns dos presentes, seus amigos e membros do mesmo grupo político, que os trabalhadores de Osasco, liderados pelo jovem operário José Ibrahim, iniciariam uma greve no dia seguinte e, em seguida, marchariam em direção à Rua Maria Antonia para juntar-se aos estudantes. Naquela mesma noite, como se soube depois, o ministro do Trabalho, coronel Jarbas Passarinho, deslocou-se de Brasília para o quartel de Quitaúna, em Osasco, ocupou as ruas da cidade e as fábricas, prendeu operários e impediu a greve.

Uma comissão de professores da Faculdade de Filosofia, de que fizeram parte Antonio Candido e Eunice Durham, organizou um dossiê sobre ataque vindo de dentro do Mackenzie ao prédio da Faculdade de Filosofia, o chamado Livro Branco. No Mackenzie estavam estudantes ligados ao Dops e ao Comando de Caça aos Comunistas e grupos do Exército, que promoveram a ação. O ataque foi deles e não necessariamente dos mackenzistas. Aliás, quando fui preso pelo Dops, um numeroso grupo de presos era do Mackenzie, que, juntamente com estudantes de outras escolas, especialmente da USP, naqueles dias, se manifestavam nas ruas contra a ditadura militar.

Não foram só os estudantes e professores da USP que, nesse episódio, desafiaram a ditadura. Hoje, estou quase convencido de que a USP foi objeto de uma provocação do regime, de grupos paramilitares e de grupos civis de extrema-direita para “desentocar” setores potencialmente de risco para o regime. Pouco depois da desocupação da faculdade, no dia 13 de dezembro, foi assinado o Ato Institucional nº 5, sendo ministro da Justiça e autor do documento um professor da Faculdade de Direito da USP e ex-reitor da Universidade, o professor Gama e Silva. Do ponto de vista de hoje, o objetivo era mutilar a USP e neutralizar os “focos” do pensamento crítico. Por trás desse propósito, havia intelectuais de direita, não só militares.

Não se deve esquecer que alunos e professores da USP foram colaboradores do regime e delatores de seus colegas. Há alguns anos, um tal Paulo Bonchristiano, que fora delegado do Dops, torturador, apesar do nome, deu longa entrevista ao jornal Opção, de esquerda. Disse que o Dops, naquela época, contratara 50 alunos da Faculdade de Filosofia como informantes pagos. Tive indícios consistentes do fato quando, muitos anos depois, pude ver cópias das 30 páginas de minha ficha policial no Dops. A maior parte daquelas informações veio de alunos, gente que assistia às minhas aulas e as repassava à polícia política. Mesmo que não houvesse nada a ser relatado, além de sumários de explanações teóricas sobre a obra de autores como Émile Durkheim, Max Weber, Robert Nisbet, Harold Garfinkel ou Peter Berger, porcamente anotadas pelos delatores. Figuras do pensamento sociológico que só uma brutal ignorância poderia considerar perigosas para o anômalo regime político que era o brasileiro.

Dops: o avesso da memória em dia de chuva (2000) – Foto de J. S. Martins

Eu já era policiado desde antes de minha prisão, em 1966. Meus vizinhos foram visitados por supostas vendedoras de livros, estudantes, que lhes pediam informações a meu respeito. Minha casa estava sendo vigiada. O que me foi confirmado por uma aluna, presa com o marido pela Oban – Operação Bandeirantes – que, depois de solta, me procurou para dizer que ela e o marido foram interrogados pelos militares a meu respeito.

O tenente-coronel do Exército Bernardo Schönmann, que presidiu o inquérito policial-militar na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1965, e interrogou Mário Schenberg, Cruz Costa e Florestan Fernandes, de que resultou a prisão de Florestan, fora aluno de Arquitetura na USP.

Um aspecto trágico das decorrências do Movimento de 1968 foi o dos alunos que, em seguida, se engajaram na luta armada. Vários foram presos, torturados e mortos. Quem fizer um exame do livro Brasil: Nunca Mais, um catálogo de torturados, mortos e desaparecidos, organizado pela Arquidiocese de S. Paulo, descobrirá algumas coisas surpreendentes. Na Faculdade de Filosofia, o curso com o maior número de mortos foi o de Psicologia (antes da formação do atual Instituto), sobretudo mulheres, e não o curso de Ciências Sociais, que até hoje se presume um curso de engajados.

Um dos casos trágicos foi o de Eleny Guariba, aluna de Filosofia, casada e mãe de família. Fazia um pioneiro trabalho de teatro popular e operário na região fabril do ABC. Desapareceu. A última vez que nos vimos e conversamos foi no saguão da Maria Antonia, pouco antes das aulas da tarde. O líder camponês Manuel da Conceição, preso e torturado no Rio de Janeiro, citou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, antes de partir para o exílio, que viu o cadáver de Eleny dependurado no mesmo recinto em que ele estava preso. Eleny era protestante. Vários dos presos da USP eram protestantes. Na Universidade não se fala nesse que foi um dos aspectos significativos dos confrontos e da repressão. Continuamos a insistir em simplificações panfletárias sobre os acontecimentos de 1968.

Nas barricadas da Rua Maria Antonia desenrolou-se um peculiar episódio local da Guerra Fria. Do lado do Mackenzie, estavam representantes do direitismo religioso americano, que desde meados dos anos 1950 começaram a estimular a disseminação de seitas e igrejas evangélicas na América Latina. O Brasil, particularmente São Paulo, foi um alvo significativo dessa cruzada. O pastor que abriu as portas da escola para que o Exército e o Dops ali se instalassem no ataque à Faculdade de Filosofia da USP, era um dos principais protagonistas de uma relação entre a CIA e a ala mais reacionária do protestantismo brasileiro. Com o golpe de Estado, em vários Estados, como Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro, governadores nomeados eram calvinistas e, em São Paulo, embora o vice-governador que assumiu o governo no lugar do governador cassado não fosse ele mesmo protestante, era funcionário de um poderoso banco cujo principal dirigente o era. E influiu na nomeação de secretários de Estado e do próprio prefeito da capital.

Do lado da Faculdade de Filosofia, os comunistas eram apenas um dos grupos que congregavam estudantes, não necessariamente o mais importante. Havia também a AP – Ação Popular, que congregava ecumenicamente estudantes católicos e protestantes. Um dos teóricos desse grupo, que, pouco tempo antes, chegou a fazer palestra no Grêmio da faculdade, foi o pastor e teólogo presbiteriano americano Richard Shaull, professor do Seminário Presbiteriano de Campinas, do qual seria afastado, porque alinhado à orientação progressista, ecumênica e anticolonialista do Conselho Mundial de Igrejas, organização protestante situada em Genebra.

De maneira invisível, os dois braços da cruz estavam de um lado e de outro do conflito de que a USP participou, do mesmo modo que Pôncio Pilatos entrara no Credo Apostólico sem nada ter a ver com ele.

Algum tempo depois das medidas repressivas da ditadura contra a Universidade de São Paulo, vi num dos corredores da Faculdade de Filosofia um senhor idoso de cabelos bem brancos, sentado numa das antigas carteiras do tempo da fundação da USP, livros e caderno nas mãos. Aguardava as aulas da tarde do Curso de Filosofia. Era o general Euryale de Jesus Zerbini (1908-1982), que fora comandante de uma guarnição do Exército no Vale do Paraíba. Na noite do golpe, resistiu em defesa da legalidade. Foi preso, reformado e afastado do Exército.

Refugiou-se em nossas salas de aula, como aluno regular, enquanto os cães ladravam e a caravana da ditadura passava. Era irmão do professor Euryclides de Jesus Zerbini, da Faculdade de Medicina da USP, pioneiro dos transplantes de coração no Brasil.

J. S. Martins, Florestan: última chamada (Unisinos, S. Leopoldo, RS, 2015)

Há muita história nos silêncios da USP. Murmúrios de uma longa noite.

Na época de minha prisão, em 1966, e na época do movimento de 1968, eu era auxiliar de ensino do professor Florestan Fernandes, no início de minha carreira docente. Formei-me na turma de 1964, de que Florestan foi paraninfo.

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1 Cf. Marialice Mencarini Foracchi, A Juventude na Sociedade Moderna, Edusp – Editora da Universidade de S. Paulo, 2ª edição, S. Paulo, 2018.

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