Um trabalho colaborativo internacional, que reúne astrofísicos, estatísticos e cientistas da computação, faz uma classificação de galáxias utilizando inteligência artificial. Um dos objetivos é mostrar como a participação das máquinas tornou-se imprescindível e fundamental em experimentos dessa natureza .

A Rádio USP entrevistou sobre o assunto a pesquisadora Maria Luiza Dantas, do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo), que fornece detalhes sobre o trabalho realizado, que contou com a colaboração importante de um dos integrantes do grupo, o qual, por ser cientista da computação, desenvolveu um novo método eficiente de classificação, uma vez que existem formas diferentes de realizar a tarefa, mas,geralmente, envolvendo processos mais lentos.
Esse método, que é muito novo, só foi possível por ter partido dessa colaboração, que envolveu pesquisadores de todo o mundo, embora nem todos estejam afiliados a alguma universidade ou a institutos de pesquisa, pois alguns deles trabalham para empresas privadas ou públicas. Segundo a pesquisadora, a astronomia passa, hoje, por um momento em que não pode dispensar esse tipo de colaboração interdisciplinar, o qual envolve o trabalho de estatísticos e de cientistas da computação.
“A gente não pode hoje se basear apenas num estudo rudimentar e de computação lenta, a gente precisa dessa colaboração”. E a tendência é que esse trabalho conjunto, embora ainda esteja engatinhando, seja o caminho para o futuro. Na entrevista, Maria Luiza diz ainda que o artigo sobre esse novo método de classificação de galáxias deverá estar pronto para publicação nos próximos meses.