A convite da Agência USP de Inovação, o professor do MIT, David Pritchard, visitou a Universidade para ministrar a palestra “Modernização do Ensino de Graduação: exemplo do MIT”

Professor do Departamento de Física do renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT), Pritchard tem se dedicado, nos últimos anos, à área da educação e pesquisado sobre as diversas maneiras de ensinar e aprender. Na palestra “Modernização do Ensino de Graduação: exemplo do MIT”, apresentada no Auditório Prof. István Jancsó, da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, no dia 3 de junho, e no anfiteatro do Instituto de Física de São Carlos, no dia 4 – o professor falou sobre as mudanças na maneira de ensinar que têm acontecido no MIT e sobre como o instituto tem se adaptado às novas expectativas dos alunos.
Para Pritchard, é fundamental que o professor pense em como obter um maior engajamento dos alunos. “Em tempos de internet, não é mais tão importante transmitir apenas os dados porque o aluno pode facilmente encontrá-los na rede. O que temos de ensinar a eles é como serem especialistas, como eles podem utilizar esse conhecimento, como reorganizá-lo para melhor acessá-lo”, explicou.
Sobre os Massive Open Online Courses (Moocs), o professor brincou ao afirmar que são uma maneira de “digitalizar dinossauros”. Mas, apesar de muitos Moocs serem apenas uma aula expositiva on-line, eles podem ser muito úteis quando utilizados em grupos específicos, como uma ferramenta de ensino. Segundo Pritchard, “o fundamental para o aprendizado é a interação entre o aluno e o professor. É isso que justifica alguém pagar cerca de 40 mil dólares anualmente ao MIT”.
Para o coordenador da Agência USP de Inovação, Vanderlei Salvador Bagnato “é muito bom para a USP aprender com a experiência do MIT. Ainda estamos dando os primeiros passos no sentido de modificar alguns aspectos dos nossos cursos para torná-los mais atraentes e mais eficientes. Nós somos uma grande referência na América Latina e o que fizermos será seguido por outras universidades, por isso devemos assumir essa responsabilidade. Acho que, observando a experiência do MIT, podemos pensar e fazer essas mudanças de uma maneira mais consistente e profissional”.
(Foto: Ernani Coimbra)