E o mundo, mais uma vez, não acabou

Professor de Astronomia do IAG-USP discute boato de que corpo celeste atingirá a Terra

 16/02/2017 - Publicado há 7 anos
Por
Astronomia, de Louis Félix de La Rue - Acervo digital Metropolitan Museum
Astronomia, de Louis Félix de La Rue – Acervo digital Metropolitan Museum

No início de 2017, o boato de que um corpo celeste atingiria a Terra em fevereiro com consequências catastróficas ganhou as redes. A afirmação é atribuída a um astrônomo russo, Dyomin Damir Zakharovich, que teria contestado informações veiculadas pela Nasa sobre a descoberta de dois novos corpos celestes ao redor de nosso planeta. Toda a história parece ter origem numa falsa notícia, entretanto.

Mas afinal, quais riscos a Terra efetivamente corre por conta do impacto de objetos vindo do espaço? E ainda, como a comunidade científica pode enfrentar a disseminação de falsas notícias? Para abordar essas questões, a Rádio USP entrevistou o professor Amaury Augusto de Almeida, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

O professor Amaury Augusto de Almeida, do departamento de Astronomia, IAG-USP - Foto: Raphael Concli
O professor Amaury Augusto de Almeida, do Departamento de Astronomia, IAG-USP – Foto: Raphael Concli

A julgar pelo corredor da sala de professores, o Departamento de Astronomia do IAG é razoavelmente descontraído. Numa porta se vê um cartaz com Darth Vader nos convocando para o império.  Em outra, a frase “Eu quero acreditar”, slogan da  série de ficção científica Arquivo X. Já na sala do professor Almeida uma plaquinha indica que ali se conserta discos voadores.

Brincadeiras à parte, o professor, que também é chefe do departamento, também apontou na entrevista o que seria possível fazer diante de uma ameaça de impacto de corpos celestes e mencionou o convite que recebeu para participar do projeto Cidadela, um sistema internacional de defesa planetária contra a ameaça de cometas e asteroides.

A ocasião ainda permitiu que fossem abordados o tema dos boatos científicos e a importância da divulgação de pesquisas sérias para um público mais amplo, esforço que a academia hoje vê com bons olhos, destacou Almeida. Ouça o áudio da entrevista:

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