Corrupção à francesa

O cenário político no país está conturbado, frente ao escândalo de corrupção do candidato a presidência

 14/02/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 15/02/2017 as 11:19

Ouça, na íntegra, a entrevista com o professor Kai Enno Lehmann, do Instituto de Relações Internacionais da USP:

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Foto: Divulgação / fillon2017.fr
Foto: Divulgação / fillon2017.fr

Ao que tudo indica, o Brasil não é o único país movido a escândalos políticos. Na França, onde em abril (23) e maio (7) serão realizadas as eleições para presidente, o candidato à direita, François Fillon, está envolvido em um escândalo de corrupção de empregos fictícios para familiares.

Segundo a Radio France, o candidato do Partido Republicano pediu desculpas aos franceses, mas disse que a prática de empregar familiares era comum entre deputados do país. Já o ex-presidente Nicolas Sarkozy será julgado por acusações de financiamento irregular de sua fracassada tentativa de reeleição em 2012.

A Rádio USP repercutiu a situação política na França com o professor Kai Enno Lehmann, do Instituto de Relações Internacionais da USP. De acordo com ele, a prática de contratar parentes era comum em muitos países europeus, e observa que o fato de isso passar a ser considerado um escândalo indica um progresso.

Lehmann argumenta que o clima na França não está muito voltado para debates sobre propostas políticas específicas, e admite que o atual cenário ainda é incerto, apesar de a líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, aparecer nas pesquisas como favorita para vencer o primeiro turno das eleições.


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