Trabalho premiado propõe técnica para identificar elementos tóxicos no solo

Projeto laureado auxilia na obtenção de informações para fins de avaliações do risco de poluição e de estratégias de remediações com baixo custo-benefício

 08/12/2016 - Publicado há 7 anos

Foi durante a 20ª Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, realizada entre 20 e 24 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR), que um trabalho realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, em parceria com a Unesp Jaboticabal, recebeu o prêmio de melhor trabalho científico da Comissão de Poluição, Remediação do Solo e Recuperação de Áreas Degradadas. O evento foi organizado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Intitulado Predição de Cu, Zn e Pb utilizando espectroscopia de reflectância difusa, o estudo desenvolvido no Laboratório de Química do Solo, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq, tem como autores o professor Luís Reynaldo Ferraciú Alleoni, da Esalq, e dos pesquisadores Livia Arantes Camargo, José Marques Júnior e Gener Tadeu Pereira, da Unesp Jaboticabal.

De acordo com Alleoni, a determinação dos teores de elementos potencialmente tóxicos nos solos é necessária para avaliação de seus impactos ambientais. Além dos métodos de extração química normalmente usados em laboratórios, o estudo avalia técnicas mais baratas e que gerem menos resíduos, como a espectroscopia de reflectância difusa (ERD). “Entretanto, para validar uma nova técnica como a ERD é preciso realizar análises químicas em um laboratório de referência, assim como é credenciado o LQS da Esalq, acreditado no Inmetro pela ISO 17025 desde 2012”, destacou o docente. “No laboratório, foram utilizadas a espectrometria de emissão ótica e a ERD para obtenção dos teores de cobre (Cu), chumbo (Pb) e zinco (Zn) em amostras de solos do nordeste do Estado de São Paulo intensamente cultivados com cana-de-açúcar”, explicou.

O pesquisador afirma que os valores foram satisfatoriamente preditos pela espectroscopia de reflectância difusa, principalmente para cobre e zinco. “As técnicas de predição dos elementos potencialmente tóxicos apresentadas no trabalho podem auxiliar na obtenção de informações para fins de avaliações do risco de poluição e quanto às estratégias de remediações com baixo custo-benefício”, concluiu Alleoni.

Os participantes do projeto, que teve apoio da Fapesp e do CNPq, buscam agora adaptações quanto aos preditores e estratégias de calibração dos modelos de predição em solos mineralogicamente diferentes e/ou situados em variados modelos de paisagem.

Com informações da Divisão de Comunicação da Esalq


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.