Uma pesquisa feita nos Estados Unidos com mais de 600 mil pessoas traz boas e más notícias: 50% indivíduos americanos que tiveram covid-19 e que foram infectados pela variante original, a alfa, relataram ainda ter deficiência olfatória. Essa proporção caiu para 44%, com a variante delta, e só para 17% com a ômicron.
Por outro lado, o estudo mostrou que um grupo significativo de pessoas que foram infectadas no início da pandemia ainda tem uma deficiência olfatória.
Em Decodificando o DNA de hoje (23) Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, traz outros estudos – finalizados e em andamento – que investigam os mecanismos responsáveis pela perda olfatória em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
“Como a perda de olfato não é um sintoma grave, as pesquisas estão indo em um ritmo mais lento”, diz a geneticista. “Se pensarmos, por outro lado, que mais de 500 milhões de pessoas tiveram covid-19 e dezenas de milhões ainda têm problemas olfatórios, parece algo de menor importância. Mas não sentir gosto da comida, o odor de um perfume ou de flores, pode ser emocionalmente impactante”, finaliza.
Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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