
Os Tribunais Internacionais: Crimes contra Humanidade e de Genocídio nas Guerras de Dissolução da Antiga Iugoslávia é o tema da palestra que abre a agenda de 2022 do Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade, organizado pelo Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (Leer), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e pelo Centro de Estudos sobre a Proteção Internacional de Minorias (Cepim), da Faculdade de Direito (FD), também da USP. O evento é gratuito e será realizado nesta quarta-feira, dia 30, às 17 horas, com transmissão gratuita e ao vivo pela internet (os dados de acesso serão enviados aos inscritos no dia anterior).

A palestra será ministrada pelo professor convidado Pedro Gryschek, mestre em Direito pela USP com dissertação sobre genocídio no direito internacional e no direito brasileiro, com destaque para o julgamento dos acusados pelo genocídio de Srebrenica no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia.
Criado em 2020, o Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade “é uma das ações educativas e preventivas do Leer”, como afirma a professora Maria Luiza Tucci Carneiro, coordenadora do Leer. “Apesar de suas estruturas acadêmicas, o Fórum Permanente visa a ultrapassar os muros da Universidade e a convidar não acadêmicos a refletirem sobre os temas propostos”, acrescenta a professora, enfatizando que o objetivo é atingir um público amplo e diversificado, especializado e não especializado.
Ainda segundo a professora, o Fórum tem como propósito “não apenas relembrar acontecimentos passados, mas reconhecer em práticas odiosas de experiências passadas a tipicidade de processos genocidas, como o acirramento da intolerância, os discursos de ódio e os processos de desumanização, entre outros”. Esse reconhecimento, continua Maria Luiza, permite “combater atitudes reiteradas de negacionismo sobre o passado, sobre o presente e sobre o futuro e reafirmar a importância renovada de medidas permanentes de reconhecimento e de inclusão de identidades de grupos sociais marginalizados”.

Ainda neste primeiro semestre do ano, o Fórum promoverá outras três palestras: A Mecânica do Discurso Nazista, com Marcos Guterman, historiador e diretor de Opinião do jornal O Estado de S. Paulo, autor do livro Nazistas entre Nós e da tese de doutorado A Moral Nazista, orientada pela professora da USP Anita Novinsky (dia 27 de abril); Subverter o Discurso de Ódio – A Reconquista no Imaginário da Direita Populista Europeia do Século XXI, com Christiane Stallaert, professora de estudos ibero-americanos e comunicação intercultural da Universidade de Antuérpia, na Bélgica (dia 25 de maio); e Aspectos Jurídicos sobre Etnocídio, com Tulio Novaes, doutor em Direitos Humanos pela USP, orientado pela professor Maria Luisa Tucci Carneiro, promotor de Justiça do Estado do Pará e pesquisador do Leer (dia 29 de junho). Todas as palestras serão publicadas na Coleção Genocídios e Crimes contra a Humanidade, criada pelo Fórum e prevista para ser lançada neste ano.
O Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade conta com apoio do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, da B’nai B’rith-Brasil, da União Geral Armênia de Beneficência e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras instituições.

A palestra Os Tribunais Internacionais: Crimes contra Humanidade e de Genocídio nas Guerras de Dissolução da Antiga Iugoslávia será realizada nesta quarta-feira, dia 30, às 17 horas, com transmissão ao vivo pelo Google (os dados de acesso serão enviados aos inscritos no dia anterior). Grátis. As inscrições devem ser feitas neste link.