Aumento de focos de incêndios na Amazônia está longe de ser fake news

Em entrevista, Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicação e Artes, fala de mitos e verdades sobre as queimadas na Amazônia

 20/11/2019 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 21/11/2019 as 10:45
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No programa Ambiente É o Meio desta semana, o professor Pedro Luiz Côrtes, do Departamento de Ciência da Informação da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, fala sobre mitos e verdades em relação aos incêndios na Amazônia.

O professor explica que, durante o período de intensa queimada na Amazônia, houve uma tentativa, por parte do Governo Federal e de “grupos que possuem outros objetivos que não a preservação daquela região”, em desqualificar informações relacionadas ao aumento dos focos de incêndios na floresta. 

Cortês conta que levantamentos internacionais e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os focos de incêndios praticamente dobraram de 1º de janeiro a 28 de outubro deste ano, em comparação ao mesmo período no ano passado. “Isso está muito longe de ser fake news”, afirma.

O professor fala ainda sobre os riscos de uma possível crise geopolítica. Para ele, o maior risco que o País corre é interno e não externo, vindo principalmente de práticas como a grilagem. “Parece que o discurso fica muito mais fácil quando você assume que tem um potencial inimigo externo tentando se apropriar das terras nacionais, quando, na verdade, o nosso grande problema está aqui, no inimigo interno, que já se apropria de terras públicas com fins particulares, gerando grande impacto ambiental, sem que se reverta qualquer tipo de benefício para o povo brasileiro”, conta. 


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