Um raio X da saúde brasileira está sendo feito pelo IBGE, com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019. Até fevereiro do próximo ano, 1,5 mil agentes de pesquisa vão visitar 108 mil domicílios em mais de 3 mil municípios de todas as regiões do País.
Uma das grandes novidades da pesquisa em relação às anteriores é que três temas adicionais serão incorporados: doença mental, saúde dos homens, sobretudo no pré-natal, e as condições de trabalho.
As informações coletadas servirão de subsídios para a definição de políticas públicas. Para o professor José Sebastião dos Santos, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e especialista em saúde pública, a pesquisa é importante porque vai focar, pela primeira vez, na atenção primária.

Entre os problemas que a pesquisa deve apontar, o professor acredita que a questão de qualificação profissional e do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde serão os principais. Para ele, a falta de preparo dos profissionais na atenção básica é uma das maiores reclamações do cidadão.
Pela primeira vez a Pesquisa Nacional de Saúde usa um instrumento validado internacionalmente. Para o professor Sebastião dos Santos, essa ferramenta vai ser importante para promover a integralidade da atenção primária aos demais pontos do Sistema Único de Saúde.
“Para o cidadão, a atenção primária ainda está dissociada dos demais níveis no Sistema Único de Saúde e a pesquisa pode indicar caminhos para promover essa integração,” afirma o professor.
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