Como nosso corpo se defende de organismos invasores?

Palestra no dia 15 de junho, em São Paulo, explica de que forma o organismo reage à presença de vírus e bactérias

 10/06/2019 - Publicado há 5 anos
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Observação no microscópio de frasco contendo cultura de células de defesa do sangue – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Radicais livres não são os compostos mais populares. Propagandas de cosméticos e dicas sobre dieta e nutrição trazem antioxidantes como a solução deste “problema”, ligado a doenças e envelhecimento. Embora seu acúmulo, de fato, faça mal à nossa saúde, os radicais livres têm uma ação fundamental na defesa contra infecções.

Esse processo será explicado pela professora do Instituto de Química (IQ) da USP, Flávia Meotti, no próximo evento promovido pelo Química é Vida. A apresentação será neste sábado, dia 15 de junho, às 10 horas, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo.

A professora do Instituto de Química, Flávia Carla Meotti – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Quando organismos invasores, como vírus e bactérias, se alojam em algum tecido do corpo – como o pulmão, por exemplo – as células de defesa residentes no mesmo tecido sabem que precisam agir. Esse processo “chama” células de defesa do sangue, os leucócitos, para a região infectada. É por isso que os exames de sangue incluem a contagem dos número de leucócitos – se a quantidade for muito grande, provavelmente o corpo enfrenta alguma infecção.

Todas essas células de defesa, do sangue e do tecido infeccionado, trabalham contra o invasor. Flávia menciona, neste contexto, um importante processo que faz parte de seus estudos, a fagocitose. É quando a célula de defesa do corpo engloba o invasor dentro dela mesma para matá-lo sem prejudicar nosso corpo. O processo, no entanto, tem um custo alto: a morte da célula logo em seguida. Por isso, leucócitos são chamados de “kamikazes”, que se sacrificam pelo organismo.

Neste processo de eliminar corpos estranhos, entram também os radicais livres. As células de defesa liberam estas moléculas muito reativas contendo oxigênio  – as “armas bioquímicas”, compara Flávia. São componentes tóxicos que reagem rapidamente com outras moléculas e atacam os micro-organismos dentro do corpo celular.

“As células liberam de radicais livres até cândida”, diz. Mas tudo isso acontece dentro da membrana da célula e faz parte da fagocitose. Ou seja, o corpo produz compostos semelhantes a produtos de limpeza, mas sem risco à saúde. 

Série de eventos

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A palestra faz parte do projeto Química é Vida, uma série palestras de divulgação científica. O objetivo é trabalhar curiosidades sobre química e bioquímica e temas presentes no cotidiano das pessoas de forma fácil e descontraída.

Os encontros são gratuitos e abertos ao público, realizados sempre no terceiro sábado de cada mês. Não é necessário inscrição para participar.

A Biblioteca Mário de Andrade fica Rua da Consolação, 94, no centro de São Paulo. Confira a programação completa neste link.

Mais informações: (11) 3091-384, site http://e.usp.br/d74, Twitter @quimicaevida, e-mail ccex_iq@iq.usp.br

 

 

 


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