Nos Estados Unidos, quatro entre cinco grandes empresas oferecem programas de bem-estar para seus funcionários, os chamados wellness program, tendência crescente também no Brasil.
Faisal comenta sobre os resultados de um estudo americano que questiona o benefício de um programa de bem-estar. O resultado mostra que o efeito é bastante limitado. “Houve um pequeno ganho de funcionários que começaram a praticar exercícios regulares e também um pequeno ganho daqueles que controlaram ativamente o peso corporal. Quanto à hipertensão, obesidade, taxa de colesterol, não foram encontradas diferenças entre os grupos estudados. Para complicar, a taxa de perda de dias trabalhados, absenteísmo e produtividade foram bastante similares nos três grupos de estudos”, ressalta.
O professor destaca que, antes das empresas abandonarem os programas de bem-estar, é bom lembrar que esse é um único estudo, com limitações inerentes. Os pesquisadores avisam sobre a importância de realizar outros estudos, levando em conta diferentes modalidades de programa de bem-estar, considerando, por exemplo, a duração da intervenção, a intensidade e tipo de programa. Eles sugerem que talvez essas intervenções tenham que ser oferecidas a indivíduos com maiores riscos e não ao funcionário com estado de saúde médio.
Ouça no player acima a íntegra da coluna Saúde Feminina.
Saúde Feminina
A coluna Saúde Feminina, com o professor Alexandre Faisal, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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