Mudanças no Regimento da Pós-Graduação miram a qualidade

O Conselho de Pós-Graduação aprovou nesta quarta-feira, 9 de maio, as mudanças do Regimento da Pós-Graduação que vinham sendo debatidas desde 2010.

 10/05/2012 - Publicado há 12 anos
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O Conselho de Pós-Graduação (CoPGr), órgão deliberativo da Pró-Reitoria de Pós-Graduação  (PRPG), aprovou nesta quarta-feira, 9 de maio, as mudanças do Regimento da Pós-Graduação que vinham sendo debatidas desde 2010. A proposta do novo Regimento será agora apresentada ao Conselho Universitário (Co).

“Entendo que estamos com um texto muito bom que incorporou a ideia de descentralizar as ações e as decisões, deixando aos Órgãos Centrais (CoPGr e suas Câmaras) as tarefas de definirem as diretrizes gerais, quando necessárias, e as de acompanhamento e avaliação dos Programas. Tudo isso introjetando a busca incessante da qualidade”, afirma o pró-reitor de Pós-Graduação, Vahan Agopyan.

O Regimento deve ser considerado um meio, ou uma ferramenta, cuja função será a de facilitar o aperfeiçoamento da qualidade na pós-graduação. Com o novo texto, serão simplificados os trâmites que permitem o intercâmbio entre os alunos da USP e de universidades internacionais, por exemplo, além de agilizar o relacionamento desses alunos com a pós-graduação da Universidade, descentralizando-o.  É preciso salientar, no entanto, que a missão de elevar a qualidade da pós-graduação na USP caberá essencialmente aos Programas e aos docentes a eles dedicados.

Outra novidade importante é a previsão de um sistema de avaliação exclusivo da própria Universidade, com aplicação anual para todos os Programas. Atualmente, os Programas da USP são avaliados periodicamente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão federal responsável pela pós-graduação no país. Esta avaliação externa, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente, “é muito importante, mas a Universidade deve ter também critérios próprios, refletindo os anseios de sua comunidade e acompanhando as suas diretrizes estabelecidas”, avalia Agopyan.

Novos patamares

As ações acadêmicas que vêm sendo implementadas na Pós-Graduação têm o objetivo definido de alcançar, nos próximos dez anos, novos patamares de qualidade, pavimentando a trajetória que, ao final do percurso, pode incluí-la entre as primeiras universidades do mundo.

Desde 1969, ano em que o presente modelo de pós-graduação foi regulamentado na USP, a Universidade outorgou mais de 100 mil títulos a mestres e doutores. Hoje, a Universidade está fortemente empenhada na formação de pós-graduados, outorgando cerca de seis mil titulações anuais. Este é mais um fator que reforça a necessidade de atribuir prioridade à qualidade no lugar da quantidade.

Observando de outro modo, o Brasil, que vem se firmando como uma das maiores economias do mundo, necessita de, pelo menos, uma dezena de universidades de classe mundial para garantir o seu desenvolvimento constante. A USP tem vocação para ser, no Brasil, uma dessas universidades reconhecidas por seu prestígio internacional.

“A divulgação recente do Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU, na sigla em inglês), que confirmou a USP como a instituição de ensino superior que mais forma doutores no planeta, tornou-se, obviamente, objeto de comemoração; o mesmo se passou com a inclusão da Universidade entre as 100 instituições mundiais com melhor reputação, de acordo com o The Times Higher Education. No entanto, o grande desafio para a USP, agora, é se afirmar em igualdade de condições diante das congêneres internacionais reconhecidas como as melhores e mais prestigiadas instituições de ensino superior”, define Agopyan.

Como demonstram essas avaliações, a USP  deve ser considerada grande centro internacional de pós-graduação. Para o pró-reitor, todavia, a USP não quer, de modo algum, restringir-se a esse aspecto. Agopyan  reafirma que “o nosso foco, neste momento, é agregar mais qualidade à produção acadêmica da Universidade”.

(Jorge Vasconcellos, especial para a Sala de Imprensa / Foto: Ernani Coimbra)


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