![Rio de Janeiro - Manhã de votação com urnas biométricas, no Colégio Itapuca, em Niteroi. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20161010_eleicoes_colunistalvaro.jpg)
Na coluna “A qualidade da democracia”, o professor José Álvaro Moisés reflete sobre a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, uma semana após a renúncia de Eduardo Cunha. O ex-presidente, que havia sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal há cerca de dois meses, é réu na Operação Lava Jato e está sendo investigado pela manipulação de recursos públicos no Brasil e no exterior.
Moisés aponta que a eleição de Maia foi providencial para substituir o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA), que geria a Câmara de maneira lenta e incompatível com a urgência da situação política brasileira. O novo presidente foi eleito com o apoio dos partidos líderes da casa e recebeu, inclusive, apoio de alguns deputados do PT e do PCdoB. O professor acredita que a principal significância da vitória de Rodrigo Maia é, na realidade, a derrota de seu concorrente, Rogério Rosso (PSD-DF), que representava o “centrão” e era a escolha mais alinhada aos interesses de Eduardo Cunha.
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