A BBC e a CNN trocaram sua programação habitual na quinta-feira (27) para transmitir ao vivo, durante todo o dia, o caso do juiz Brett Kavanaugh, que, mesmo acusado de assédio sexual e tentativa de estupro por três mulheres, teve seu nome nomeado para a Suprema Corte pelo presidente Donald Trump. O depoimento de uma das mulheres, a professora Christine Blasey Ford, não apenas manchou a reputação do juiz como colocou em questão os padrões de escolha para um cargo tão importante e vitalício, “cuja integridade moral deveria ser uma pré-condição”. Em sua análise do caso, a professora Marília Fiorillo diz que Kavanaugh bem que tentou fazer-se de vítima, mas que suas tentativas não foram muito bem-sucedidas.
Para a colunista, qualquer que seja o desfecho do caso, ele já constitui uma vitória para as vítimas de abuso sexual ou moral. Ela elogia a postura da professora Christine, que, mesmo sofrendo intimidações por parte dos republicanos, teve coragem de vir a público para denunciar um ato cometido por uma pessoa poderosa. Para a professora Marília, ela deu uma aula magna sobre a importância do caráter, “numa época em que os pusilânimes se multiplicam e o silêncio se torna estridente”.