No dia 29 de setembro, tomou posse o novo diretor da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP), Cristiano Roque Antunes Barreira.
O novo diretor começou seu discurso relacionando a psicologia, sua área de formação, com a educação física. “A atividade motora é a expressão manifesta da experiência de saúde. É por isso que a educação física, diferentemente da ampla maioria das chamadas ciências da saúde, está entre os campos profissionais que lidam, por excelência, menos com as doenças e mais diretamente com a promoção da saúde propriamente dita”, explicou.
Barreira também fez uma reflexão sobre a ética e a missão da Escola. “Que, em nossa Universidade, saibamos cumprir nosso papel crítico, científico e formativo frente ao que se anuncia de mais reacionário, extremista e sectário na sociedade brasileira e no mundo ocidental. A necessária defesa do mundo privado das liberdades individuais não pode prescindir o terreno público que nos garante direitos iguais e ampliados para todos. A ameaça a esse princípio é uma ameaça civilizacional e não temos o direito de ceder a esses caprichos”, defendeu.
Barreira é o terceiro diretor da Unidade, e o primeiro oriundo da própria Escola, criada em 2007. O primeiro diretor foi o professor da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), Valdir José Barbanti, que foi sucedido pela professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), Maria das Graças Bomfim de Carvalho. “Essa é uma comemoração muito especial, porque a EEFERP alcança sua maioridade. Agora, ela própria assume a responsabilidade de eleger um de seus membros para a direção da Escola. Esse é o caminho habitual pelo qual todas as Unidades novas passam: um período de tutela e, posteriormente, a autonomia plena, quando ela passa a ter todas as condições para realizar sua missão”, lembrou o reitor Marco Antonio Zago.
O reitor reforçou que o diferencial da EEFERP “é a capacidade de formar não apenas profissionais de excelente qualidade, mas também pessoas que são capazes de ampliar o conhecimento, de fazer a reflexão sobre o conhecimento, de mudar os métodos e as abordagens e de transmitir esse conhecimento para a sociedade”.
“A USP é reconhecida publicamente pela qualidade e excelência naquilo que faz. Nós não podemos admitir a possibilidade de cair na mediocridade. A USP tem responsabilidades especiais, não só pela quantidade de recursos que recebe, mas também pela expectativa que o povo paulista tem desde que a Universidade foi fundada, em 1934. Por isso, é necessário periodicamente olhar e ver se estamos de fato cumprindo nossa missão”, concluiu Zago.
O professor Marcelo Papoti, vice-diretor eleito na mesma chapa com Barreira, e que deverá assumir na vacância do cargo, fez uma homenagem à ex-diretora, Maria das Graças Bomfim de Carvalho, falando sobre a trajetória da professora e sobre as ações desenvolvidas em seu mandato. Em seguida, houve a cerimônia de descerramento do quadro da ex-diretora.