O colunista Pedro Dallari aborda esta semana um assunto que está na mídia: os Jogos Olímpicos, a serem realizados em agosto, na cidade do Rio de Janeiro. Ele diz que se trata de uma grande celebração, que nos brinda com a ideia de cidadania global. Dallari cita números para reforçar sua tese: 13 mil atletas, de 206 países, participam desse evento esportivo, o que significa que há mais países participando dos jogos olímpicos no Brasil este ano do que as 193 nações que integram a ONU (Organização das Nações Unidas).
Além disso, diz, os jogos serão acompanhados por mais de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo, representando mais da metade da população do globo, constituindo-se em um evento de dimensão global ainda maior do que a Copa do Mundo, a qual, embora também tenha uma audiência espetacular, reúne somente 32 países.
Ao se referir também aos Jogos Paraolímpicos, Dallari chama a atenção para a importância da inclusão, que “tem muito a ver com cidadania”. Ele lembra que, quando as Olimpíadas da era moderna foram criadas (a primeira delas aconteceu em Atenas, em 1896), só homens podiam participar dos jogos. Em 1900, às mulheres apenas foi permitida a participação em modalidades de exibição. Foi somente a partir de 1904 que elas começaram a ter uma participação efetiva, tanto que em 2012, em Londres, em todas as delegações havia mulheres.
Segundo Dallari, a decisão de incorporar as mulheres é um indicativo, do ponto de vista da cidadania, muito importante, da mesma forma como o é a participação, nos Jogos Paraolímpicos, de atletas com graus diversos de deficiência. Eles representam uma vitória da inclusão.