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Em dezembro, o robô Stonehenge, da equipe ThundeRatz da Escola Politécnica (Poli) da USP, pode ir ao Japão. O desafio? Participar de uma competição de sumô, a International Robot-Sumo Tournament. Caso vença uma pré-competição, marcada para um dia antes, outro robô da equipe, o Moai, também poderá lutar no torneio japonês.
Todos com nome e logo personalizados, são os robôs que recebem os convites para as competições. O Stonehenge, um radiocontrolado de três quilos, já tem experiência na disputa de Tóquio, tendo conquistado o quarto lugar em 2014. Para este ano, a equipe está à procura de empresas e instituições que patrocinem a viagem.
O International Robot-Sumo Tournament é dividido em categorias de peso entre robôs autônomos e radiocontrolados. Após três rounds, saem vencedores os primeiros que conseguirem empurrar o adversário para fora da arena. Para que seja mais difícil de tirar os robôs do “ringue” e sem poder alterar os seus pesos, os competidores utilizam a estratégia de colocar vários imãs embaixo das máquinas.
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“A competição do Japão é um mundial, eles convidam os campeões de vários lugares do mundo. Como fomos campeões no Brasil, recebemos uma carta-convite”, explica Lucas Eder, estudante do terceiro ano de Engenharia Mecatrônica da Poli e capitão geral do ThundeRatz. O capitão se refere ao Winter Challenge, competição realizada no País e considerada a maior da América Latina. O evento ocorreu em julho e garantiu a vitória de sete robôs do grupo.
O capitão revela que as competições envolvendo robótica têm aumentado. “O padrão antigamente era uma nacional e outra internacional. Só que a robótica está chamando muito a atenção, então muita gente está começando a fazer competições menores.” A equipe participou de várias disputas este ano, tanto em eventos menores, como nos de maior destaque. A RoboGames, nos Estados Unidos, a FMB World Cup, na China, e a Winter Challenge são alguns exemplos.
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Os 20 robôs da equipe representam quase todas as categorias existentes em competições. Na categoria sumô, o Moai é o único autônomo, sendo pré-programado para fazer tudo sozinho na arena. Seus sensores indicam a localização do adversário e as estratégias variam de acordo com a situação em que se encontra.
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O maior robô que o grupo possui pesa 55 quilos e está inserido na categoria combate, uma espécie de UFC dos robôs. O vencedor é aquele que causa o maior dano ao adversário. Já o monoide Boladinho participa de várias categorias, como free style, kung fu e corrida. Ele não é montado pela equipe, mas tem várias de suas funções programadas por eles. Assista ao vídeo do Boladinho em ação:
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Lucas afirma que grande parte do tempo gasto para a produção de um robô está na realização do projeto, não em sua fabricação. “Nós usamos vários softwares para fazer a estrutura dos robôs. O robô inteiro fica pronto no computador antes de começarmos a fabricar desde a placa até a estrutura.” Para ele, a equipe possibilita que vejam na prática a teoria aprendida em sala de aula. “A competição é como se fosse o mercado, pegamos nosso produto e colocamos à prova”, completa.
A equipe ThundeRatz é composta de 65 membros, divididos nas seguintes áreas técnicas: mecânica, responsável pela parte estrutural dos robôs; elétrica, que atua no controle das máquinas; e a computação, mais voltada para os robôs autônomos. Ainda tem o design, que reúne pessoas para manter atualizadas as mídias sociais, fazer as logomarcas dos robôs e ajudar no contato com patrocinadores. Por fim, os capitães, que gerem a equipe, organizam questões relacionadas aos eventos e procuram patrocinadores.
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Fazem parte da equipe alunos de diferentes engenharias, além de estudantes de outros cursos de dentro e fora da USP. O local em que trabalham é conhecido como “Gaiola”, localizada no prédio de Engenharia Mecânica e Naval, na Cidade Universitária, em São Paulo.
Se interessou pelo projeto da equipe e quer ajudar no patrocínio da viagem? Envie um e-mail para: contato@thunderatz.org