Duelo de robôs rende primeiro ouro internacional para equipe

A equipe de robótica ThundeRatz, da Escola Politécnica, levou três medalhas de ouro na RoboGames 2016, nos Estados Unidos

 03/05/2016 - Publicado há 8 anos

Após 15 anos de criação, a equipe de robótica da Escola Politécnica (Poli) da USP ThundeRatz recebeu a primeira medalha de ouro internacional na RoboGames 2016, a maior competição e exposição de robótica do mundo. Este ano, ela foi realizada em Pleasanton, Califórnia, nos Estados Unidos, entre 8 e 10 de abril. A equipe da USP ganhou o primeiro lugar nas categorias Hockey, com o time Olympus, e Combate Middleweight (55kg), com o robô Apolkalipse. Uma medalha de bronze também foi conquistada na categoria RoboMagellan, com o robô ThunderWaze.

Foto: Divulgação
Robô Apolkalipse ganhou ouro na categoria Combate Middleweight 55 kg | Foto: Divulgação

Cauê Muriano, estudante de Engenharia Mecatrônica da Poli e capitão da equipe ThundeRatz, explica que a categoria Hockey se assemelha a um jogo de futebol. São três robôs disputando uma partida de 10 minutos e vence quem fizer mais gols. O ThundeRatz levou o time Olympus com quatro robôs para disputar essa categoria, na qual conquistou medalha de ouro.

Na categoria Combate Middleweight (55kg), a ideia é colocar os robôs uns contra os outros, como numa luta de UFC. Os competidores são divididos por peso e o combate ocorre dentro de uma arena de policarbonato. O vencedor tem três minutos para imobilizar o adversário, ou seja, fazer o oponente parar de funcionar. A equipe de robótica da Poli conseguiu o ouro com o robô Apolkalipse.

Já na categoria RoboMaggellan, o desafio do robô é encontrar sozinho uma série de cones dispostos em um campo aberto. Ganha quem chegar mais perto dos cones no menor tempo possível. A equipe ThundeRatz conquistou a medalha de bronze com o robô ThunderWaze.

A ThundeRatz possui 35 membros, sendo que 16 participaram da RoboGames. Os alunos são de várias Engenharias (mecânica, mecatrônica, elétrica, computação), de Ciências Moleculares e de Física. De acordo com Muriano, neste ano, eles levaram para a competição 13 robôs.

Veja o vídeo do Combate Middleweight:

“O desenvolvimento dos robôs é uma oportunidade de aplicarmos na prática o que aprendemos nas salas de aula. Além de estimular o trabalho em equipe, todo o projeto fica sob nossa a responsabilidade: desde a busca por patrocínios à divulgação”, conta o capitão da equipe.

O custo médio de construção de um robô, como o Apolkalipse, é de R$ 30 mil. A manutenção anual é de R$ 6 mil, segundo Muriano. Os principais patrocinadores dos robôs da ThundeRatz foram o fundo patrimonial Amigos da Poli, a empresa de usinagem Toyo Matic e a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE).

O foco é a construção de robôs de combate, mas a programação desenvolvida pelos alunos pode ser aplicada também em setores das indústrias médica, de energia e de petróleo.

Os estudantes possuem um espaço para “treinar” os seus robôs: a oficina Gaiola de 40 metros quadrados. A equipe ThundeRatz  é orientada pelo professor Marcos Barreto, do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Poli. A equipe é um grupo de extensão da universidade.

RoboGames

Foto: Divulgação
Equipe de robótica da Escola Politécnica|Foto: Divulgação

A RoboGames 2016 reuniu mais de 50 torneios diferentes, de diversas categorias. Cerca de 5 mil pessoas participaram, entre público e competidores. A competição é aberta: participam tanto equipes independentes como filiadas a universidades de todo o mundo.

A ideia é que as equipes desenvolvam robôs e estes participem de competições em categorias, como combates entre robôs, robô bartender, concurso de beleza de robôs, campeonato de dança de robôs humanóides, entre outras.

Com informações de Assessoria de Imprensa da Equipe ThundeRatz

Mais informações: site https://www.facebook.com/Thunderatz/


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