Projetos da USP sobre sistema de saúde terão apoio do governo britânico

Objetivo é promover melhorias no sistema de saúde e nos cuidados a populações vulneráveis

 01/03/2018 - Publicado há 7 anos
Propostas da FMUSP envolvem acesso de pessoas com deficiência ao SUS e impacto da crise econômica no sistema de saúde brasileiro – Foto: Wikimedia Commons

A Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) teve dois projetos aprovados em uma chamada envolvendo Brasil e Reino Unido. Serão financiadas, ao todo, oito propostas com o objetivo de gerar impacto positivo no sistema de saúde, sobretudo nas evidências que influenciem tomadores de decisão nas políticas públicas e práticas ligadas à saúde pública.

Um desses projetos é voltado à inclusão da pessoa com deficiência no Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é criar indicadores padronizados para a mensuração do acesso dessas pessoas aos cuidados de saúde e da sua inclusão no SUS, além de recomendações para o fortalecimento do sistema.

A pesquisa será predominantemente exploratória e descritiva, com uma abordagem multidisciplinar, ou seja, absorvendo informações de diversas áreas. A proposta combina métodos distintos e complementares, dentre eles análises documentais, avaliações quantitativas, técnicas observacionais e entrevistas com gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde.

O projeto é uma parceria entre Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Instituto da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Recife, Fiocruz Brasília e London School of Hygiene and Tropical Medicine. A pesquisadora responsável pelo projeto é Christina May Moran de Brito, do Serviço de Reabilitação do Icesp e docente do Programa de Pós-Graduação em Oncologia da FMUSP.

A outra proposta da USP aprovada na chamada vai investigar o impacto da crise econômica no sistema de saúde brasileiro a partir das realidades distintas dos Estados de São Paulo e Maranhão. Vai analisar decisões políticas e medidas de austeridade ligadas à crise que afetam o funcionamento dos serviços, a assistência em saúde à população e o trabalho dos profissionais de  saúde.

Com metodologias quantitativa e qualitativa, análise de dados secundários, entrevistas com lideranças e surveys com médicos e profissionais, espera-se, ao fim do estudo, apontar medidas que possam minimizar as iniquidades em saúde, inclusive no acesso e utilização de serviços, provocadas pela crise econômica.

A pesquisa é liderada pelo professor Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, e será desenvolvida com a Universidade Federal do Maranhão e a Queen Mary University, de Londres.

A chamada foi lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no conjunto de suas fundações, em parceria com o Medical Research Council (MRC), no contexto do Fundo Newton, do governo britânico. Serão disponibilizados recursos de até 2 milhões de libras esterlinas por parte do Reino Unido e até 2 milhões de libras esterlinas como fomento equivalente das fundações brasileiras.

Com informações da Coordenação de Comunicação Social do Confap e Faculdade de Medicina da USP

Mais informações: site http://confap.org.br/news/publicado-resultado-da-chamada-confap-mrc/

 


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