Dez grupos, formados cada um por um docente, um aluno ou ex-aluno da Escola Politécnica (Poli) da USP e um mentor externo, vão participar do projeto-piloto de um programa de formação em empreendedorismo que está sendo financiado pela Diretoria da Escola.
O programa é aplicado pelo consultor Flavio Grynszpan, do Instituto i–CORPS Brasil, e inspirado no Programa i-CORPS, projeto do governo dos Estados Unidos que oferece formação para empreendedores, com o objetivo de incentivar a criação de startups a partir de pesquisas desenvolvidas em universidades. O primeiro encontro foi na sexta-feira, 5 de agosto, e o segundo no dia 12, na Sala de Videoconferências da Poli, no prédio da Administração.
O programa foi apresentado para a Poli em final de abril. É baseado na formação de startups, e direcionado para a fase em que é preciso verificar o ajuste entre o produto/serviço que se quer oferecer e a real necessidade dos clientes que se quer atingir. No piloto que começa na Poli, os participantes vão participar do treinamento Introdução ao Customer Development. “A ideia é oferecer conhecimento e ferramenta aos participantes para que eles possam descobrir cedo se vale a pena ou não prosseguir com a ideia de negócio que eles têm”, explica Grynszpan.
Para isso, eles irão desenvolver a ideia do que seja seu negócio em um Canvas, ferramenta digital de planejamento e gerenciamento estratégico usada para desenvolver modelos de negócio. Na primeira sessão do treinamento, dia 5, eles apresentaram um primeiro modelo. Esse modelo inicial será aprimorado por meio de entrevistas que os participantes deverão realizar com seus potenciais clientes ao longo do treinamento. Cada grupo deve fazer 50 entrevistas em empresas, com profissionais de várias áreas que possam oferecer subsídios para o negócio em questão. A metodologia para a entrevista será ensinada no treinamento.
A ideia é oferecer conhecimento e ferramenta aos participantes para que eles possam descobrir cedo se vale a pena ou não prosseguir com a ideia de negócio que eles têm
Os empreendedores vão atualizar o Canvas de acordo com o conhecimento obtido nas entrevistas. No dia 16 de setembro, último dia do treinamento, vão apresentar o Canvas final, e destacar o que mudaram em relação ao plano inicial depois de feitas as entrevistas. Duas perguntas básicas devem ser respondidas: que mudança no plano original precisa ser feita para atender ao que interessa ao cliente, e qual o tamanho do mercado para o negócio.
Cada grupo é composto de um professor da Poli e um aluno ou ex-aluno, ambos com perfil empreendedor e com uma ideia de novo negócio já pensada para tocarem em conjunto. Um mentor, pessoa com experiência de mercado, foi designado para cada grupo. Ele vai se reunir com seu grupo, saber como foram as entrevistas, e dar orientações para os empreendedores sobre como absorver as informações e remodelar o Canvas.
Além das entrevistas e apresentações da evolução de suas propostas, os participantes terão aulas teóricas, com conteúdo distribuído pela internet e também fornecido presencialmente nos encontros, e bibliografias específicas sobre empreendedorismo.
“O importante no treinamento são as entrevistas externas com os clientes, que vão dar o conhecimento para que cada grupo modifique o seu modelo de negócios, antes de começar a fazer qualquer investimento. Só depois de validado o modelo de negócios é que o startup deve pensar em investir”, finaliza Grynszpan.
Da Assessoria de Comunicação da Poli