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Uma parceria entre o Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e cinco centros de pesquisa internacionais busca identificar os marcadores cerebrais que configuram o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e aprofundar o conhecimento sobre os substratos neurobiológicos da doença. Os pesquisadores querem analisar no estudo The Global OCD international multisite study 250 indivíduos com TOC não medicados e 250 pessoas saudáveis ao longo de cinco anos.
Ainda em fase de coleta de dados, a pesquisa procura por voluntários entre 18 e 50 anos de idade. Os testes são feitos no Hospital das Clínicas e neles os médicos submetem o paciente a avaliações psiquiátricas que identificam a gravidade do transtorno e fazem uma ressonância magnética com vários métodos de aquisição de imagens. Há o uso de escalas para se avaliar os tipos e gravidade dos sintomas do TOC, depressão e ansiedade, qualidade de vida e comprometimento funcional. Os participantes também completam questionários de autopreenchimento para se avaliar o QI, as funções cognitivas e mecanismos de processamento de recompensa. Todos os testes são realizados em um único dia.
Financiado pelo National Institute of Health, dos Estados Unidos, o trabalho vai comparar o cérebro de pessoas sadias com os dos pacientes com TOC e estabelecer as características exclusivas dos membros do segundo grupo. O conhecimento gerado na pesquisa vai ajudar na forma como se conceitua e se faz o diagnóstico do transtorno.
Para participar do estudo, os interessados devem preencher o formulário on-line no endereço global-ocd.org/sao-paulo-brazil. A participação é voluntária e confidencial e é possível desistir a qualquer momento.
No IPq, o estudo é coordenado pelos pesquisadores Roseli Gedanke Shavitt e Euripedes Miguel. Mais informações com Daniel Costa no e-mail danielcosta228@gmail.com.