
Os alunos que cursam Engenharia na Escola Politécnica (Poli) da USP, em São Paulo, envolvem-se em questões sociais e atuam em projetos que possam colaborar com instituições? Estimativa do grupo PET Mecânica é de que 300 pessoas, atualmente, participem de atividades de extensão na unidade. Para divulgar as iniciativas sociais e atrair mais voluntários, foi criada a Semana de Reflexão Social (Seres). O evento é uma oportunidade para estudantes da Poli e da Universidade em geral conhecerem os 14 grupos de extensão e quatro coletivos atuantes na unidade e fora do ambiente universitário.
“Surgiu a ideia de fazermos um evento para divulgar os grupos sociais que existem dentro da Poli porque percebemos que alguns grupos tinham menos visibilidade que outros, e quisemos mudar isso. Esses grupos têm uma força muito grande, com mais de 300 pessoas envolvidas neles”, explica Caíque Kobayashi, participante do PET Mecânica, cujo objetivo é desenvolver projetos de pesquisa, ensino e extensão no âmbito do curso de Engenharia Mecânica da Poli.
A Seres foi realizada de 12 a 16 de março e se baseou em palestras e exercícios práticos para atrair a atenção de alunos e professores. As conversas procuraram focar na importância dos projetos sociais para a vida acadêmica e pessoal de cada um. De manhã, professores, representantes dos coletivos, pessoas que foram ajudadas por ações dos grupos e profissionais de grandes empresas dialogaram com os participantes, explicando como essas atividades extracurriculares podem afetar não apenas a formação dos estudantes, mas também sua personalidade.
Somando cerca de 15 palestrantes, cada um buscou mostrar formas diferentes com as quais a participação nessas associações pode mudar a vida do jovem, desde o aprendizado sobre como lidar com responsabilidade até a certeza de estar melhorando a vida de alguém com suas atitudes.
No mesmo horário, os grupos faziam uma exposição no Vão do Biênio, local de maior circulação da Poli. Com banners e decorações, os coletivos apresentavam seus objetivos e seu cotidiano a quem quisesse saber mais sobre eles.

À tarde, depois do horário de aula, cada um dos grupos organizava jogos, quizzes, cases e brincadeiras educativas para os participantes, com o intuito de informá-los sobre seu trabalho de forma dinâmica e divertida. E o feedback foi muito positivo: “Todo mundo gostou muito. Foi algo bem diferente, quebrou a rotina e superou as expectativas de quem fez parte da semana”, lembra Caíque Kobayashi.
Segundo o estudante, ainda é necessário trabalhar mais para divulgar todos os grupos sociais atuantes na Poli e atingir mais voluntários. “Um grande objetivo que alcançamos foi reunir todos os grupos sociais para fazer um evento bom para todos e agradar as pessoas participantes. Eu considero um sucesso”, afirma. “Os grupos sociais não se comunicavam muito entre si, e isso foi algo que conseguimos melhorar. Agora, temos até o projeto de fazer uma página de divulgação única para todos eles. Eles estão bem mais unidos”, completa.
Para o ano que vem, o plano é de continuar organizando a Seres, que estará, então, na sua segunda edição. A meta é não apenas alcançar um número maior de alunos da Poli, mas divulgar o evento para a USP inteira.