Se você tem livros, pastas, roupas, sapatos, bijuterias, louças de cozinha, cortinas, camisas de futebol, livros, dicionários, brinquedos, canetas, bolsas, CDs, DVDs e não usa mais, pode trocar na estante que ficará até fevereiro do próximo ano no Restaurante Universitário do campus da USP em Ribeirão Preto.
A estante itinerante passará, depois, por diversos lugares com grande circulação de pessoas. A iniciativa teve início no fim de novembro e é organizada pelo Programa USP Recicla do campus local em parceria com as unidades e com o Restaurante Universitário.
A atividade visa a estimular que a comunidade exercite a troca e, ainda, valorize o reúso dos objetos. “Numa sociedade do descartável e do consumismo de supérfluos, reaproveitar materiais se tornou uma forma de resistência e de educação junto aos adultos, jovens e crianças”, afirma Daniela Sudan, educadora do programa USP Recicla. Ela lembra que a troca solidária de materiais proporcionada por esta estante ensina que nem tudo precisa ser trocado por dinheiro.
Estantes de trocas
A primeira estante de trocas implantada no campus de Ribeirão Preto foi no próprio restaurante, em 2003. Em 2006, a ação teve início na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), onde funciona até hoje.
Atualmente, o campus tem dez estantes permanentes, que estão nas Escolas de Enfermagem (EERP) e de Educação Física e Esportes (EEFERP), na Faculdades de Direito (FDRP), duas na Odontologia (Forp), na Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), na Economia, Administração e Contabilidade (FEA-RP), na Ciências Farmacêuticas (FCFRP) e na Medicina (FMRP) e, ainda, na sede da SGA-RP.
Além dos objetos trocados, na Forp a estante implantada na Clínica de Pacientes Especiais também troca solidariedade. “Nessa estante já foram deixadas cadeiras de rodas e para banho, por exemplo, muito úteis para os pacientes da clínica”, conta Carolina Torres, vice-coordenadora da Comissão do USP Recicla na Unidade. Na FMRP, a Comissão Interna do USP Recicla prepara plantas em vasos de caixa de leite e colocam na estante, como forma de movimentar e dar visibilidade à atividade.
Giovanna Grepi / Serviço de Comunicação Social da PUSP-RP