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Em 2011, um incêndio no campus da USP em Ribeirão Preto atingiu 47 hectares de vegetação, sendo 45 hectares do Banco Genético Florestal e dois hectares da chamada “Floresta USP”. Cerca de 70% da área consumida pelo fogo já foi restaurada em uma iniciativa conjunta da Prefeitura do Campus (PUSP-RP), da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) e da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA).
Segundo Antônio Justino da Silva, chefe do Serviço de Áreas Verdes e Meio Ambiente da PUSP-RP, os dois hectares da floresta foram totalmente recuperados; do banco genético, 30 hectares. Até o final de janeiro, toda a área queimada será restaurada com o plantio de 40 mil mudas.
A ação teve início em setembro do ano passado e contou com roçada, controle das formigas e acomodação do material lenhoso. Também estão sendo plantadas espécies florestais nativas de classe sucessional pioneiras e secundárias iniciais, ou seja, árvores de crescimento rápido que necessitam de muita luz.
Justino conta que, após a recuperação, a equipe realizará a manutenção que envolve o controle das ervas invasoras e de formigas e replantio para formação da cobertura vegetal. “Assim voltamos a oferecer condições para que os pesquisadores da Universidade possam utilizar totalmente o banco”, comemora.
O Banco Genético Florestal é um local de ensino e pesquisa com árvores, insetos, entre outros, contemplando características biológicas das espécies, como também as comunidades de mamíferos e aves. Ele serve como fonte de sementes de alta qualidade genética. A diversidade genética abrigada pelo espaço é importante para aumentar a capacidade das espécies de sobreviver diante de distúrbios que ocorrem na natureza, como o ataques de pragas ou eventos extremos, a exemplo de períodos de seca ou geadas.