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Nem sempre a matemática se resume a cálculos. Ela pode ajudar a entender até mesmo o funcionamento do cérebro humano. Para explicar de que forma isso é feito e os desafios da neuromatemática, o USP Analisa desta semana entrevista o coordenador do Cepid Neuromat e professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, Antonio Galves, e, ainda, o professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP Antonio Carlos Roque da Silva Filho.
“A neurobiologia, que é como prefiro chamar a neurociência, produz uma quantidade imensa de dados. Ela dispõe de uma grande coleção de fenômenos interessantes, que exigem uma linguagem adequada para serem formulados. Essa linguagem é a matemática. A neuromatemática é um ramo da matemática em construção. Seu objetivo é propor os novos objetos matemáticos que possam expressar essas realidades biológicas”, explica Galves.
Segundo ele, desenvolver esse novo ramo da matemática tem sido a proposta do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática, um dos 17 Cepids financiados pela Fapesp. Uma das ferramentas que vão contribuir para essa proposta é um supercomputador localizado na FFCLRP-USP.
“A ideia de usar supercomputação é porque, mesmo tendo ferramental matemático para entender, a quantidade de dados e as possibilidades são inúmeras. É difícil você prever, entender o sistema trabalhando apenas com papel e lápis. Aí entra essa nova maneira de fazer ciência, que é fazer simulação. É uma ferramenta nova para nos permitir estudar diferentes cenários de qualquer coisa”, diz Roque.
Por: Thais Cardoso, Assessoria de Imprensa do IEARP