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Esta semana o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) aprovou uma série de empreendimentos imobiliários verticais no bairro do Bixiga, que é tombado por esse mesmo órgão desde 1982, mas cujo tombamento nunca foi devidamente regulamentado pela Prefeitura. Nabil Bonduki comenta que a aprovação desse projeto tem causado grande indignação em grupos e coletivos interessados na proteção à memória da cidade. “O bairro do Bixiga, no entanto, está sendo um foco de grande interesse no mercado imobiliário, principalmente porque ali estão previstas duas estações do Metrô, que fazem com que, pelas regras do Plano Diretor, aquela região possa admitir verticalização e um maior adensamento. No entanto, o próprio Plano Diretor estabelece que as áreas de interesse cultural, ambiental e urbano da cidade precisam ser protegidas. E é exatamente por isso que nós entendemos que essas aprovações foram precipitadas e precisam ser revistas pela Prefeitura”, argumenta Bonduki.

O colunista defende a criação de um subterritório do Bixiga, que seria então submetido a um plano urbanístico cultural e ambiental específico, “de modo que se possa identificar quais são as áreas que devem ser protegidas, quais são os limites que devem se impor à construção dos edifícios e, sobretudo, como se possa compatibilizar a proteção ao patrimônio cultural arquitetônico ambiental e afetivo daquele bairro com o processo de adensamento, principalmente o adensamento populacional, que é aquilo que mais interessa do ponto de vista do Plano Diretor”. Bonduki entende que o Bixiga, por ser uma região muito bem localizada na cidade, deve continuar sendo uma região de uso residencial. “O adensamento daquele bairro é interessante; no entanto, esse adensamento deve se dar respeitando diretrizes de proteção ao patrimônio.”

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